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GSI define requisitos de segurança para redes 5G e 'libera' Huawei

Marca chinesa, considerada líder na fabricação de equipamentos para telecomunicações no 5G, poderia ser vetada ou ter participação limitada em edital da nova tecnologia

27 mar 2020 - 17h20
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O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) listou os requisitos mínimos de Segurança Cibernética que devem ser adotados no estabelecimento das redes 5G de telefonia móvel. A Instrução Normativa (IN) que trata do tema está publicada na edição desta sexta-feira, 27, do Diário Oficial da União.

Segundo a norma, os "requisitos estabelecidos neste ato buscam elevar a proteção da sociedade e das instituições nacionais, em face da possibilidade de existência de vulnerabilidades e backdoors em sistemas de tecnologia 5G". Ainda de acordo com o texto, "as vulnerabilidades e backdoors existentes nos equipamentos 5G, implementadas de forma intencional ou involuntária pelos fornecedores da tecnologia, poderão ocasionar o comprometimento da segurança do sistema".

A IN diz que os requisitos mínimos de segurança cibernética atendem aos seguintes princípios de: interoperabilidade; disponibilidade; integridade; autenticidade; diversidade; confidencialidade; prioridade; e responsabilidade.

O texto não faz nenhuma menção direta à fabricante chinesa Huawei, que tem sido alvo de discórdia global em torno do 5G. Considerada líder para equipamentos de infraestrutura de telecomunicações na área, a empresa é acusada por Donald Trump de fazer espionagem pró-Pequim. Analistas retrucam dizendo que a empresa está sendo vítima de perseguição por parte da Casa Branca, que não quer ver a China avançando em uma tecnologia tão importante para o resto do mundo.

Nos últimos meses, havia pressão americana para que a Huawei não participasse ou tivesse atuação limitada na instalação das redes 5G no Brasil. O mesmo já havia acontecido em locais como o Reino Unido, onde o governo limitou a entrada da Huawei na construção da infraestrutura dessa tecnologia, que permitirá avanços como internet das coisas carros autônomos e cirurgias à distância.

Estadão
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