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Europa deve ignorar 'promessas traiçoeiras' da libra, diz autoridade do BCE

2 set 2019 - 10h38
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A moeda do Facebook, a libra, pode prejudicar a capacidade do Banco Central Europeu de definir a política monetária e a Europa deve ignorar seu apelo de "promessas traiçoeiras", disse Yves Mersch, membro do conselho do BCE.

21/06/2019
REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo - RC1F4E46DBD0
21/06/2019 REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo - RC1F4E46DBD0
Foto: Reuters

O Facebook anunciou a libra - uma nova moeda digital apoiada por quatro moedas oficiais e disponível para bilhões de usuários de redes sociais em todo o mundo - no início deste ano, dizendo que esperava lançar no próximo ano.

"Dependendo do nível de aceitação da libra e na referência do euro em sua cesta de reserva, poderia reduzir o controle do BCE sobre o euro, prejudicar o mecanismo de transmissão da política monetária, afetando a posição de liquidez dos bancos da área do euro, e minar o papel internacional da moeda única", acrescentou Mersch.

Como em moedas comuns, a libra seria altamente centralizada, uma configuração "extremamente preocupante", uma vez que não é apoiada por um credor de último recurso e é, em última instância, responsável perante os acionistas, que não são vistos como repositórios de confiança pública, acrescentou Mersch.

Diante desses desafios, as autoridades reguladoras e de supervisão europeias precisam reivindicar jurisdição sobre a libra e também precisem da cooperação global para mitigar seus riscos.

"Espero sinceramente que o povo da Europa não fique tentado a deixar para trás a segurança e a solidez das soluções e canais de pagamento estabelecidos em favor das sedutoras, mas traiçoeiras, promessas do Facebook", acrescentou Mersch.

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