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Estados dos EUA iniciam investigação antitruste com foco no Google

9 set 2019 - 15h41
(atualizado às 17h02)
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Procuradores de 48 Estados dos Estados Unidos e de Porto Rico abriram uma investigação sobre práticas anticoncorrenciais de grandes empresas de tecnologia do país, em uma ação que deve se concentrar sobre a Alphabet, afirmou nesta segunda-feira o procurador-geral do Texas, Ken Paxton.

File Photo - RC1C305EF7F0
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Foto: Reuters

Paxton lidera a investigação, afirmou ele. O inquérito vai se concentrar sobre os negócios com publicidade do Google. Os Estados de Alabama e Califórnia não integram a investigação.

Os Estados formalmente cobraram do Google documentos sobre seus negócios com publicidade, disse Paxton. Vários outros procuradores afirmaram durante o anúncio em Washington que a investigação é "preliminar" e que esperam ampliá-la para inclusão de questões como privacidade de dados.

Uma vez elogiadas como motores de crescimento econômico dos EUA, as gigantes de mídias sociais, de buscas e de comércio eletrônico norte-americanas são acusadas de abuso de poder e falhas como violações a direitos de privacidade. O presidente norte-americano, Donald Trump, a candidata presidencial democrata dos EUA, Elizabeth Warren, consumidores e outras empresas criticam esse poder.

O gabinete de Paxton disse na sexta-feira que estava liderando uma investigação sobre grandes empresas de tecnologia mas não deu nomes, prometendo o lançamento formal da investigação em entrevista coletiva em Washington, nesta segunda-feira.

A investigação, que provavelmente incluirá mais de 40 procuradores-gerais, deve se concentrar no Google, disseram fontes familiarizadas com o assunto à Reuters. Uma fonte disse à Reuters que a investigação do Google analisaria a intersecção entre privacidade e práticas antitruste.

O Google enfrentou acusações de que seu serviço de busca na web leva os consumidores a seus próprios produtos em detrimento de concorrentes.

No nível federal, o Departamento de Justiça e a Comissão Federal de Comércio estão investigando Facebook, Google, Apple e Amazon, também por possíveis violações da lei antitruste. Outra investigação de procuradores-gerais dos EUA anunciada na sexta-feira se concentra sobre o Facebook.

"Esperamos receber no futuro demandas de investigação semelhantes dos procuradores gerais. Continuamos a cooperar com o Departamento de Justiça, órgãos reguladores federais e estaduais nos EUA e outros órgãos reguladores em todo o mundo", afirmou o Google na sexta-feira. A empresa não fez novos comentários nesta segunda-feira.

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