PINs de seis dígitos do iPhone podem ser crackeados em apenas 11 horas
Desde o 5S, todos os iPhones oferecem métodos alternativos de autenticação, incluindo o clássico Touch ID (sensor biométrico) e o novíssimo Face ID (reconhecimento facial). Ainda assim, alguns usuários preferem continuar usando o bom e velho desbloqueio por meio de PINs numéricos. Se você se encaixa nesse perfil, tudo bem, nós entendemos a preferência — porém, certifique-se de usar uma senha com mais de seis dígitos.
O motivo para tal recomendação é bem simples: de acordo com as estimativas feitas por Matthew Green, especialista em criptografia e professor da Universidade de John Hopkins, um software dedicado a tal tarefa é capaz de "adivinhar" um PIN de seis números em aproximadamente 11 horas; na pior das hipóteses, o programa vai demorar apenas 22 horas para descobrir como invadir o seu dispositivo móvel.
Por outro lado, um código de oito dígitos levaria em média 46 e no máximo 92 dias para ser "crackeado"; a alternativa mais segura seria um código de 10 dígitos, que, no pior dos casos, só seria revelado ao fim de longos 9.259 dias (ou 25 anos, caso prefira).
Guide to iOS estimated passcode cracking times (assumes random decimal passcode + an exploit that breaks SEP throttling):
4 digits: ~13min worst (~6.5avg)
6 digits: ~22.2hrs worst (~11.1avg)
8 digits: ~92.5days worst (~46avg)
10 digits: ~9259days worst (~4629avg)
— Matthew Green (@matthew_d_green) 16 de abril de 2018
O "estudo" de Matthew surgiu após inúmeros rumores e vazamentos a respeito de empresas que prometem desbloquear iPhones para investigações forenses. A GrayKey, que oferece a solução Grayshift, utiliza um software próprio para adivinhar a senha do aparelho a ser invadido através de um método conhecido como brute force (força bruta). Já a israelense Cellebrite, que já concedeu uma entrevista ao Canaltech, não revela detalhes técnicos a respeito de seu produto, conhecido como UFED.