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Apple interrompe armazenamento de áudios gravados pela Siri

28 ago 2019 - 14h57
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A Apple anunciou nesta quarta-feira que abandonará sua prática padrão de armazenar arquivos de áudio gravados pela assistente pessoal Siri e permitirá que apenas seus próprios funcionários revisem o áudio coletado, em vez de terceirizados.

Logotipo da Apple é mostrado nem evento na sede da Apple, na Califórnia. 4/10/2011.  REUTERS/Robert Galbraith
Logotipo da Apple é mostrado nem evento na sede da Apple, na Califórnia. 4/10/2011. REUTERS/Robert Galbraith
Foto: Reuters

As mudanças ocorreram após a Apple interromper um programa de análise da Siri, no qual pessoas ouviam gravações de áudios de usuários para determinar se a assistente havia respondido adequadamente a pedidos para fazer coisas como ler mensagens não lidas ou compromissos futuros do calendário.

A Apple suspendeu o programa após o jornal The Guardian informar que os contratados que trabalhavam em nome da Apple ouviam regularmente informações confidenciais, vendas de drogas e casais fazendo sexo.

O aumento do escrutínio público e político das práticas de privacidade de dados forçou o aumento de transparência nas empresas do Vale do Silício, com o Google interrompendo análises de gravações de áudio de seu assistente de voz em todos os idiomas, após um vazamento de dados sobre os áudios na Holanda.

A Apple promoveu suas práticas de privacidade em um esforço para se distanciar das rivais e tomou medidas desde o lançamento da Siri em 2011 para limitar a coleta de dados. As gravações de áudios são excluídas após um período definido, os usuários são identificados por um número aleatório e dados como mensagens não lidas ou compromissos do calendário de um usuário não são enviados aos servidores da Apple.

Mas a Apple recorreu à revisão humana para melhorar o serviço, processo que pode reduzir pela metade as taxas de erro de reconhecimento de fala. A Apple diz que o número de gravações de áudio revisadas foi pequeno - menos de 0,2% do total -, mas os usuários não tinham como optar por não ter o áudio armazenado e revisado por humanos, exceto desligando a Siri por completo.

A Apple disse nesta quarta-feira que deixará de armazenar áudios para revisão humana e, em vez disso, permitirá que os usuários optem por revisar o áudio, se assim o desejarem. A empresa disse que ainda usará transcrições geradas por computador para melhorar a Siri.

A Apple disse que a pausa no programa permanecerá em vigor até que as alterações sejam realizadas, mas não deu uma data.

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