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DINO

Sensação diária de fracasso pode estar associada à depressão, revela estudo

17 jan 2017 - 15h11
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Um estudo sobre depressão feito pela plataforma de psicologia Zenklub revelou dados preocupantes em relação à saúde mental dos brasileiros. Realizado entre os meses de novembro e dezembro de 2016, o teste, aplicado a 1675 pessoas, aponta que 50% do total de respondentes se sentiu mal consigo mesmo ou teve sensação de fracasso quase diariamente.

Foto: DINO

A pesquisa mostrou ainda que, do total de participantes, 42% se sentiu para baixo ou deprimido todos os dias. O teste aplicado pelo Zenklub teve como base o questionário desenvolvido pelo psiquiatra Robert Leopold Spitzer, da Universidade de Columbia, amplamente utilizado nos Estados Unidos como ferramenta de rastreio de saúde mental.

Apesar de grande parte da população mundial sofrer algum tipo de transtorno ligado à saúde mental, muitas pessoas ainda relutam em procurar ajuda profissional. A preocupação com o número crescente de casos de depressão em todo o mundo fez com que a Organização Mundial da Saúde elegesse 2017 como o ano de combate à depressão para estimular a sociedade a eliminar estigmas e incentivar que as pessoas busquem ajuda.

Para se ter uma ideia da gravidade do problema, a Associação para a Ciência Psicológica divulga que, somente nos Estados Unidos, mais de 60 milhões de indivíduos têm problemas com a saúde mental, mas 40% dessa população não recebe tratamento adequado. Ainda de acordo com a associação, muitas pessoas que começam algum tipo de tratamento não chegam a concluí-lo.

"Culturalmente, estamos acostumados a tratar (seja com medicação ou outro método) aquilo que nos incomoda: quando temos dor de cabeça, tomamos o remédio para que essa dor alivie; a partir do momento que não sentir mais dor, não faz sentido tomar mais remédios. No entanto, um tratamento de saúde mental é diferente: os sintomas costumam reduzir de forma considerável nos primeiros meses, mas é necessário seguir por muito mais tempo o tratamento para que nosso cérebro 'aprenda' a funcionar do jeito certo", diz a especialista em neuropsicologia Sandra Mara Comper, que atende pacientes com transtornos de humor, é membro da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia e integra o time de profissionais do Zenklub.

Uma das principais barreiras para a busca de ajuda profissional ainda é o estigma que recai sobre o atendimento psicológico. Laila Uemura, graduada em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal do Paraná relata, no artigo "Estigma e transtorno mental: perspectiva do terapeuta ocupacional", publicado na Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo (USP), os relatos do filósofo Michel Focault (1926-1984) sobre as atitudes estigmatizantes associadas à doença mental. De acordo com Uemura, elas teriam tido início "no fim da Idade Média, quando os loucos passaram a ocupar o lugar dos leprosos, sendo excluídos da sociedade. A partir da metade do século XVII, quando foram criadas as casas de internamento, os loucos passaram a estar internados juntos com os pobres e desempregados".

"As pessoas com doença mental nessa época passaram a ser percebidas no horizonte social da pobreza e relacionadas com a incapacidade, tanto para o trabalho quanto para integração de grupos", completa no artigo.

Transtornos mentais apresentam sintomas tanto quanto doenças físicas. Combater o estigma de frescura ou loucura, comumente associados às pessoas diagnosticadas com depressão é uma das batalhas tanto de pacientes como de psicólogos. "As pessoas ainda veem a psicoterapia como um gasto, e não como um investimento. A falta de entendimento da psicologia como uma ciência é enorme. Fora ideias do tipo "psicólogo é coisa de gente doida" (ainda ouço isso semanalmente, independente do meio socioeconômico ou educacional). Há ainda os que procuram pela solução mágica da felicidade em forma de pílulas", afirma Sandra Mara Comper.

No Brasil, o mês de janeiro foi escolhido como o período da campanha "Janeiro Branco", que propõe um olhar para a saúde mental. Inspirado no outubro rosa, quando se luta contra o câncer de mama, psicólogos de todo o país se uniram no intuito de alertar a sociedade para a necessidade de cuidados com a mente, assim como já acontece com doenças físicas.

Sobre o Zenklub

O Zenklub é uma plataforma online que oferece sessões psicológicas por vídeo-chamada. A startup brasileira foi criada em 2016, a partir da percepção do médico e CEO da empresa, Rui Brandão, de que o sistema médico estava mais focado em curar doenças do que em promover saúde e bem-estar. Foi quando ele se juntou ao sócio programador Tiago Curião e investiu na ideia inovadora de mudar essa realidade com o apoio da tecnologia.

O objetivo do Zenklub é proporcionar um estilo de vida mais saudável e permitir que as pessoas se empoderem da saúde mental e do bem-estar como cuidados fundamentais para uma vida plena. Do acesso aos psicólogos ao pagamento, tudo é feito online. Isso possibilita flexibilidade de horário e valores de sessões mais competitivos: cada atendimento custa a partir de R$ 80. Hoje, a plataforma já conta com mais de 80 psicólogos cadastrados e ativos.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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