"Sem anistia": Público acompanha desfile de 7 de Setembro em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao evento em um Rolls-Royce presidencial ao lado da primeira-dama Janja da Silva
O desfile cívico-militar do 7 de Setembro, Dia da Independência, este ano, contou com o público entoando "sem anistia" e "soberania não se negocia", em repúdio aos atos terroristas em janeiro de 2023 e ao tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, ao Brasil. Este movimento foi visto como uma forma de pressionar o país em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) por alegações de conspiração golpista e ameaça ao Estado Democrático de Direito.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao evento em um Rolls-Royce presidencial ao lado da primeira-dama Janja da Silva. Assim, o desfile reuniu diversas alas temáticas e forças militares do país neste contexto político e diplomático complexo.
7 de Setembro
A celebração foi estruturada em torno de eixos temáticos que reafirmam o compromisso do país com a soberania, o desenvolvimento e a sustentabilidade. Entre outros, o "Brasil dos Brasileiros" e "Brasil do Futuro" foram destaques, com o último enfatizando projetos de caráter internacional, como a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), a ser realizada em Belém. Além disso, o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi mencionado como um pilar importante para o desenvolvimento econômico e social do país, abordando questões cruciais como infraestrutura e inovação.
"Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro", disse.
Em referência aos ataques contra a democracia, Lula afirmou que "é inadmissível o papel de alguns políticos brasileiros que estimulam os ataques ao Brasil".
"Foram eleitos para trabalhar pelo povo brasileiro, mas defendem apenas seus interesses pessoais. São traidores da pátria. A História não os perdoará."
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A presença de diversas figuras importantes do cenário político, incluindo membros do governo e representantes militares, reforçou o prestígio e a importância do evento. Enquanto muitos ministros marcaram presença, como Rui Costa e Simone Tebet, algumas ausências foram notáveis, como a do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, em viagem oficial, e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. A ausência de figuras do Supremo Tribunal Federal durante um período de julgamento tão significativo adiciona uma camada de complexidade às já intrincadas dinâmicas políticas.