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Premiê May enfrenta complô para derrubá-la, diz ex-líder conservador britânico

6 out 2017 - 10h19
(atualizado às 11h40)
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A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, deveria renunciar para poupar o Partido Conservador de uma derrota na próxima eleição, e 30 parlamentares conservadores apoiam um complô para derrubá-la, disse um ex-líder da legenda nesta sexta-feira.

Primeira-ministra britânica, Theresa May, durante conferência do Partido Conservador, em Manchester 04/10/2017 REUTERS/Phil Noble
Primeira-ministra britânica, Theresa May, durante conferência do Partido Conservador, em Manchester 04/10/2017 REUTERS/Phil Noble
Foto: Reuters

No momento em que o país entra em uma fase crucial das conversas sobre sua desfiliação da União Europeia, o chamado Brexit, May está enfrentando uma rebelião explícita de alguns de seus próprios parlamentares, que dizem que sua autoridade foi destruída após o discurso que ela faz em uma conferência do partido na quarta-feira.

Ministros veteranos ofereceram apoio a May, dizendo que ela deveria continuar como premiê em uma conjuntura tão crítica para o Reino Unido. Não se vislumbra um sucessor viável no partido que possa uni-lo em relação ao Brexit.

Mas o ex-líder Grant Shapps disse à rádio BBC: "Acho que ela deveria convocar uma eleição para a liderança".

Tendo em conta a eleição fracassada de May, sua incapacidade de unir o gabinete e sua atuação ruim na conferência, "a mensagem está clara", disse.

A autoridade de May já havia diminuído devido à sua decisão de convocar uma eleição antecipada em junho que custou ao partido sua maioria parlamentar dias antes do início das conversas do Brexit.

Em um pronunciamento após a declaração de Shapps, a primeira-ministra disse que irá garantir uma "liderança calma" ao país. "O que o país precisa é de uma liderança calma, e isso é o que estou garantindo com o apoio total do meu gabinete", disse May em declaração à imprensa.

Embora nenhum ministro conservador tenha declarado apoio ao complô publicamente, uma exigência tão clara pela renúncia de May indica a extensão de sua fraqueza no momento em que tenta lidar com as complicações das negociações para a saída da UE.

Até agora sua sobrevivência vem dependendo da ausência de um sucessor óbvio que consiga congregar o partido e do medo de uma eleição que, para muitos conservadores, pode levar o líder opositor trabalhista Jeremy Corbyn ao poder.

A libra esterlina atingiu seu valor mais baixo em relação à moeda norte-americana em um mês nesta sexta-feira, chegando a 1,3060 dólar no pregão matutino em Londres, sua cotação mais baixa desde 7 de setembro e um recuo de quase meio por cento no dia.

May não é fotografada em público desde que deixou o salão de conferência, onde seu discurso a ativistas foi arruinado por surtos de tosse, a interrupção de um comediante que lhe entregou uma carta de demissão falsa e a queda de letras dos slogans no palco às suas costas.

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