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Poluição se agrava no inverno e traz prejuízos à saúde

31 jul 2017 - 18h14
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Quando olhamos pela janela de um prédio ou avistamos a cidade do alto percebemos, principalmente neste período do ano, uma camada cinza de poluição. Essa faixa que cobre as cidades traz sérios prejuízos à saúde do coração.

"A poluição do ar é um fator de risco. As partículas emitidas dos escapamentos e pneus dos carros são microscópicas. Elas podem chegar aos pulmões e entrar na corrente sanguínea. Quem tem marca-passo, desfibrilador implantado ou tendência a arritmia pode ter uma crise quando exposto com frequência a gases tóxicos", explica o cirurgião cardiovascular José Lima Oliveira Júnior.

As partículas que saem dos carros são 20 vezes menores que um grão de areia e durante o inverno a concentração na superfície é maior, pois há uma baixa umidade do ar e uma inversão térmica. Viver em cidades com altos níveis de poluição equivale a fumar cerca de quatro cigarros por dia.

"A fumaça torna o sangue mais espesso e aumenta a possibilidade de coágulos. Se a pessoa foi diagnosticada recentemente com problemas cardíacos, deve evitar passar longos períodos em áreas onde há maior possibilidade de níveis altos de poluição", aconselha o médico.

Uma pesquisa do Incor, do Hospital das Clínicas, constatou que a incidência desses gases foi responsável pelo aumento na ocorrência de ataques cardíacos que ficaram entre 7% e 12%. O estudo avaliou 3.300 pessoas que recorreram ao Pronto-Socorro do Incor com arritmia. Os dias mais movimentados de pacientes com esse diagnóstico eram também os mais poluídos. Dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) mostram que cerca de 4% dos acidentes de trânsito têm ligação com problemas de saúde dos motoristas.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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