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Polícia russa prende candidatos da oposição

14 jul 2019 - 18h37
(atualizado em 15/7/2019 às 05h46)
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Detenções ocorreram em meio a protesto contra decisão da comissão eleitoral que barrou candidaturas independentes nas eleições locais de Moscou. Manifestação reuniu 2 mil pessoas.A polícia russa prendeu neste domingo (14/07) dezenas de manifestantes, entre eles vários políticos da oposição que foram barrados nas eleições parlamentares de Moscou.

Foto: DW / Deutsche Welle

Pelo menos 2 mil pessoas foram às ruas da capital para protestar contra a decisão da comissão eleitoral local de desqualificar vários candidatos independentes. Segundo os líderes da manifestação, a decisão é uma tentativa de afastar candidatos independentes da disputa.

Vários manifestantes gritaram slogans contra o governo e o presidente russo, Vladimir Putin. A polícia inicialmente deixou os protestos seguirem normalmente, mas depois interveio. Um candidato da oposição foi preso quando ainda estava a caminho da manifestação

Embora a comissão ainda não tenha divulgado a lista de candidatos que preencheram os requisitos para concorrer, o órgão já adiantou que a maioria dos inscritos não conseguiu reunir o número necessário de assinaturas para participar das eleições para as legislaturas locais e regionais, previstas para ocorrer em setembro. Em alguns casos, a comissão acusou candidatos de apresentarem assinaturas inválidas.

De acordo com as leis eleitorais russas, aqueles que querem concorrer a cargos locais e regionais devem apresentar um documento contendo as assinaturas de moradores apoiando sua candidatura. Somente após a verificação das assinaturas é que o candidato está apto a participar da eleição.

"Em todo o território de Moscou, eles estão barrando candidatos independentes", disse o político da oposição Ilya Yashin, um vereador local em Moscou que apoia o líder da oposição, Alexei Navalny.

"Eles estão roubando essas eleições, estão roubando nosso futuro", disse Lyubov Sobol, outra candidata que foi detida no domingo. "Eu vou lutar até o fim." No sábado, ela havia iniciado uma greve de fome após ser acusada de falsificar assinaturas.

A comissão eleitoral da cidade de Moscou informou que mais de 700 das 4.940 assinaturas em apoio a Sobol são "inválidas".

JPS/dpa/rt/afp

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