Negociação de reféns pode acabar devido aos ataques em Rafah
A Organização das Nações Unidas (ONU), a União Europeia, os Estados Unidos e os países árabes já alertaram Netanyahu para que o país não continuasse a ofensiva
Neste domingo (11), foi divulgado que se Israel fizesse ataques terrestres em Rafah, a negociação de reféns poderia acabar. A informação foi veiculada pelo o canal de televisão Al-Aqsa, administrado pelo Hamas. Vale destacar que a cidade, localizada no sul da Faixa de Gaza, já sofreu bombardeios e ataques aéreos neste sábado (10).
"Netanyahu está tentando fugir das obrigações do acordo de troca cometendo um genocídio e uma nova catástrofe humanitária em Rafah", informou uma fonte proveniente do Hamas ao canal. Segundo divulgado pela Al-Aqsa, qualquer incursão terrestre israelense em Rafah resultaria no colapso da negociação de reféns para troca de prisioneiros.
Além disso, a Organização das Nações Unidas (ONU), a União Europeia, os Estados Unidos e os países árabes já alertaram Israel para que o país não continuasse a ofensiva. Em contrapartida, Benjamin Netanyahu afirmou à ABC que a cidade de Rafah é o "último bastião" do Hamas.
Nesta sexta-feira (9), o primeiro-ministro israelense anunciou que instruiu o Exército a elaborar um plano para retirar a população de Rafah para um ataque terrestre. À ABC, ele adicionou que o país estaria desenvolvendo um plano detalhado para assegurar uma passagem segura dos civis, mas não forneceu muitos detalhes.
Rafah abriga mais de um milhão de pessoas e é a última grande área de Gaza ainda não acessada pelas forças militares de Israel. Nas últimas 24h, pelo menos 112 palestinos morreram, totalizando pelo menos 28.176 vítimas fatais.
Almost half of Gaza's population has taken refuge in Rafah. There's nowhere else to go.
The U.S. is funding this mass displacement and massacre of Palestinians. End the complicity!
We must reclaim our humanity & facilitate a lasting ceasefire NOW. https://t.co/95VFN2eMqI
— Congresswoman Cori Bush (@RepCori) February 11, 2024
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini