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Venezuela diz que cinco "terroristas" foram presos e outros estão mortos após tiroteio

15 jan 2018 - 18h47
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Autoridades venezuelanas prenderam cinco membros de uma "célula terrorista" conectada ao piloto policial rebelde de helicóptero Oscar Perez e mataram vários outros militantes durante um tiroteio em uma área pobre nos arredores de Caracas.

Ex-piloto da polícia venezuelana Oscar Perez posa para fotos durante evento, em Caracas 01/03/2015 REUTERS/Christian Veron
Ex-piloto da polícia venezuelana Oscar Perez posa para fotos durante evento, em Caracas 01/03/2015 REUTERS/Christian Veron
Foto: Reuters

Perez apareceu com o rosto ensanguentado em quase uma dúzia de vídeos dramáticos postados no Instagram no início desta segunda-feira, dizendo que estava cercado pelas autoridades, que atiravam contra ele com lançadores de granadas.

Mais tarde, a televisão estatal replicou um comunicado dizendo que dois policiais morreram baleados, mas não especificou o destino de Perez.

Um ex-piloto policial, Perez é procurado por usar um helicóptero roubado para arremessar granadas e atirar contra prédios do governo em junho, assim como invadir uma unidade da Guarda Nacional em dezembro para roubar armas.

O governo do presidente Nicolás Maduro o descreveu como um "terrorista extremista fanático" e uma caçada tem se desenrolado há meses. Alguns críticos de Maduro questionaram se os ataques de Perez não teriam sido encenados em parceria com o governo para justificar uma repressão adicional sobre a oposição.

As autoridades finalmente encontraram Perez no bairro pobre de El Junquito nesta segunda-feira.

"Estamos feridos… eles estão nos matando!", disse Perez em um vídeo, no qual parecia estar usando um colete a prova de balas enquanto se agachava no que parecia uma pequena casa. Tiros eram ouvidos ao fundo.

"Venezuela, não perca a esperança... Agora só você tem o poder para que todos possamos ser livres", disse ele, em um vídeo anterior, olhando diretamente para a câmera e dizendo a seus filhos que os ama e espera vê-los novamente.

Seu último vídeo foi postado perto de 12h30 (horário de Brasília). Uma testemunha da Reuters na área viu posteriormente uma ambulância passando em velocidade e disse que não foram ouvidos mais tiros.

O Ministério da Informação não respondeu imediatamente a um pedido de comentários.

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