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União Europeia anuncia sanções contra a Rússia

Sanções foram anunciadas após o presidente Vladimir Putin reconhecer a independência de duas regiões separatistas no leste da Ucrânia

22 fev 2022 - 15h46
(atualizado às 16h46)
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 Presidente da Comissão Europeia, Ursula van der Leyen
Presidente da Comissão Europeia, Ursula van der Leyen
Foto: EPA / Ansa - Brasil

A União Europeia (UE) anunciou nesta terça-feira (22) uma série de sanções contra a Rússia após o presidente Vladimir Putin reconhecer a independência de duas regiões separatistas no leste da Ucrânia.

Segundo o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, o pacote de punições mira 27 instituições e indivíduos ligados à Rússia, como "bancos que financiam os tomadores de decisão da Rússia e operações naqueles territórios".

Borrell acrescentou que os 27 indivíduos e entidades que "prejudicam a integridade territorial da Ucrânia" serão alvos das medidas. "As sanções são só parte de nossa resposta", disse em entrevista coletiva.

"As grandes violações que a Rússia está fazendo não ficarão impunes", enfatizou ele, lembrando que as punições decididas por unanimidade pelos ministros das Relações Exteriores da UE também afetarão "os membros da Duma russa que votaram a favor dessa violação do direito internacional e da integridade territorial e soberania da Ucrânia".

Borrell explicou ainda que será enviada uma missão de apoio à Ucrânia para evitar ataques cibernéticos, porque, para ele, esse é um momento particularmente perigoso para a Europa.

O ministro da Europa e assuntos estrangeiros da França, Jean-Yves Le Drian, complementou dizendo que a aprovação das sanções foi feita de forma unânime.

O pacote contém medidas contra "aqueles que estavam envolvidos na decisão ilegal"; "bancos que estão financiando militares russos e outras operações nesses territórios" e "visam a capacidade do Estado e do governo russos de acessar os mercados e serviços financeiros e de capitais da UE".

A UE também pretende "limitar o financiamento de políticas escaladoras e agressivas"; "e direcionar o comércio das duas regiões separatistas para e da UE, para garantir que os responsáveis sintam claramente as consequências econômicas de suas ações ilegais e agressivas".

Durante coletiva de imprensa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula van der Leyen, ressaltou que, se for necessário, outras sanções serão adotadas contra a Rússia, porque o reconhecimento da independência de Donetsk e Lugansk é "completamente inaceitável".

"Não podemos aceitar o que a Rússia está fazendo, essa decisão fere a soberania da Ucrânia e princípios do direito internacional", concluiu von der Leyen.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que as novas sanções ocidentais contra a Rússia são ilegítimas, segundo a agência de notícias TASS.

Ansa - Brasil   
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