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Ucrânia tem a pior noite de bombardeio desde o início da guerra

País foi alvo de 11 mísseis e 539 drones disparados pela Rússia na madrugada, momentos depois de um telefonema entre Trump e Putin

4 jul 2025 - 07h07
(atualizado às 07h57)
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Ucrânia tem a pior noite de bombardeio desde o início da guerra
Ucrânia tem a pior noite de bombardeio desde o início da guerra
Foto: Reprodução/X/@ZelenskyyUa

A Ucrânia viveu sua pior noite de bombardeio desde o início da guerra, tendo sido alvo de 11 mísseis e 539 drones disparados pela Rússia na virada desta quinta para sexta-feira, 4, um novo recorde em pouco mais de três anos de conflito, segundo a Força Aérea ucraniana.

A capital ucraniana, Kiev, foi o principal alvo dos ataques, que deixaram ao menos 23 feridos, danificaram a infraestrutura ferroviária e incendiaram prédios e automóveis pelas ruas. A embaixada da Polônia também registrou danos.

Vídeos nas redes sociais mostravam pessoas correndo em busca de abrigo dos bombardeios, bombeiros combatendo as chamas na escuridão e edifícios arrasados pelas explosões.

As Forças Armadas ucranianas afirmam ter abatido 270 dos 550 ataques aéreos, incluindo dois mísseis de cruzeiro. Outros 208 drones aparentemente tiveram a navegação desviada com sucesso. Em contrapartida, nove mísseis e 63 drones atingiram em cheio seus alvos, e destroços de drones interceptados caíram em pelo menos 33 localidades.

Seis dos dez distritos de Kiev registraram danos nos dois lados do rio Dnipro, que corta a metrópole. Destroços de drones - a maioria do tipo Shahed, de fabricação iraniana - provocaram um incêndio em uma instalação médica no distrito de Holosiivskyi, segundo o prefeito Vitali Klitschko.

Ucrânia tem a pior noite de bombardeio desde o início da guerra
Ucrânia tem a pior noite de bombardeio desde o início da guerra
Foto: Reprodução/X/@ZelenskyyUa

Embora tanto a Rússia quanto a Ucrânia neguem visar civis em seus ataques, milhares já foram mortos em ataques do tipo desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022 - a maioria, ucranianos.

EUA suspenderam envio de armas

O bombardeio ocorreu momentos depois de um telefonema entre o presidente americano, Donald Trump, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin. Na ligação, Putin reafirmou que a "Rússia continuará a perseguir seus objetivos" na Ucrânia, a despeito dos apelos por um cessar-fogo. Já Trump declarou posteriormente a jornalistas que ele não acha que Putin vai deixar de guerrear.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, chamou o ataque russo de "cínico" e afirma que ele foi "praticamente simultâneo" ao início da ligação entre Trump e Putin. "Tudo isso é prova óbvia de que sem pressão em larga escala, a Rússia não mudará seu comportamento estúpido e destrutivo", disse.

Os bombardeios russos na Ucrânia têm se tornado cada vez mais agressivas nas últimas semanas, quebrando recorde atrás de recorde.

Mais cedo nesta semana, os Estados Unidos anunciaram a suspensão do fornecimento de algumas armas cruciais para a defesa ucraniana, com Kiev alertando que a decisão comprometeria sua capacidade de repelir ataques aéreos e de frear o avanço de tropas russas. O assunto deve voltar a ser discutido entre Trump e Zelenski em telefonema nesta sexta-feira.

Trump afirmou na quinta-feira que seu governo estava "tentando ajudar" a Ucrânia, mas que o governo de seu antecessor, Joe Biden, teria desfalcado os estoques de armas americanas ao entregá-las a Kiev. "Demos tantas armas [...], estamos tentando ajudá-los [Ucrânia]", disse Trump. "Mas, sabe, Biden esvaziou nosso país dando armas a eles, e temos que garantir que temos [armas] o suficiente para nós mesmos", disse Trump. (Com Reuters, AP, ots).

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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