Trump quebra tradição e se torna primeiro presidente a realizar duas visitas de Estado ao Reino Unido
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chega ao Reino Unido na noite de terça-feira (16) para uma visita de Estado com sua mulher, Melania — um privilégio raro concedido a convite do rei Charles III. Essas visitas, repletas de pompa, são organizadas por recomendação do governo britânico com o objetivo de fortalecer relações diplomáticas, comerciais ou pessoais com determinados países e seus líderes.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chega ao Reino Unido na noite de terça-feira (16) para uma visita de Estado com sua mulher, Melania — um privilégio raro concedido a convite do rei Charles III. Essas visitas, repletas de pompa, são organizadas por recomendação do governo britânico com o objetivo de fortalecer relações diplomáticas, comerciais ou pessoais com determinados países e seus líderes.
Trump é o primeiro presidente a ser convidado para uma segunda visita de Estado, tendo sido recebido pela rainha Elizabeth II em 2019, durante seu primeiro mandato na Casa Branca. Tradicionalmente, chefe de Estado não são convidados novamente para uma visita de Estado, mas sim para um chá ou almoço com o monarca, como foi o caso de Barack Obama e George W. Bush.
A estadia de Trump deve respeitar todo o protocolo habitual de uma visita de Estado. A agenda começa com uma recepção grandiosa pelo rei e sua esposa, a rainha Camilla, e geralmente segue um roteiro específico, incluindo um passeio de carruagem, a inspeção de uma guarda de honra e um almoço privado oferecido pelo monarca. O evento principal é o jantar de Estado com cerca de 150 convidados, escolhidos por seus vínculos culturais, diplomáticos ou econômicos com o país anfitrião.
Líderes estrangeiros geralmente também prestam homenagens no Túmulo do Guerreiro Desconhecido na Abadia de Westminster, em Londres, e fazem um discurso no Parlamento, como fez o presidente francês Emmanuel Macron em julho.
No entanto, os parlamentares não estarão em sessão durante a visita de Trump devido ao recesso para as conferências anuais dos partidos. Uma coincidência que gerou especulações de que o governo trabalhista de centro-esquerda teria deliberadamente agendado a visita nesse período para evitar um discurso parlamentar potencialmente delicado.
"Que eles se divirtam", comentou Trump em julho, referindo-se à ausência dos parlamentares. "Eu quero me divertir e respeitar o rei Charles, porque ele é um grande cavalheiro", completou o chefe da Casa Branca.
Trump é impopular no Reino Unido
A segunda parte da visita costuma ser mais política, com uma reunião com o primeiro-ministro e, às vezes, uma coletiva de imprensa conjunta. Também são incluídos compromissos privados para o chefe de Estado convidado.
No entanto, Trump, que é bastante impopular no Reino Unido, não tem compromissos públicos agendados em Londres, onde os manifestantes planejam marchar pelo centro da capital na quarta-feira. Em vez disso, ele se encontrará com o primeiro-ministro Keir Starmer em Chequers, a residência oficial de campo do primeiro-ministro, uma propriedade isolada a 80 quilômetros a noroeste de Londres. Os dois participarão de uma recepção empresarial antes de realizarem uma coletiva de imprensa.
A visita de Estado de Trump em 2019 atraiu grandes protestos na Praça do Parlamento, e novas manifestações estão sendo planejadas para esta viagem.
Desde que Charles se tornou rei em setembro de 2022, ele convidou seis líderes para visitas de Estado, incluindo Trump. Entre eles estão o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, em novembro de 2022; o presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol, em novembro de 2023; e o imperador japonês Naruhito, em junho de 2024. O emir do Catar, Sheikh Tamim bin Hamad Al-Thani, também fez uma visita desse tipo em dezembro de 2024, seguido por Macron em julho.
Elizabeth II recebeu Trump em sua residência no Palácio de Buckingham durante a visita de 2019, mas o edifício está atualmente em reforma, e a segunda visita de Estado do presidente ocorrerá no Castelo de Windsor, a oeste de Londres.
(Com agências)