Trump divulga teoria conspiratória de 'camas médicas' com vídeo gerado por IA e apaga mensagem
Presidente dos Estados Unidos publicou vídeo com desinformação na plataforma Truth Social, mas o conteúdo acabou deletado
Donald Trump publicou um vídeo gerado por IA no Truth Social endossando a teoria conspiratória das 'camas médicas', mas o conteúdo foi deletado após gerar polêmica e ampla circulação nas redes.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou polêmica ao publicar um vídeo endossando a teoria da conspiração das 'medbeds' (camas médicas, em tradução livre), que diz respeito a supostos leitos hospitalares que seriam capazes de curar qualquer doença.
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A publicação, um vídeo produzido por inteligência artificial (IA), mostra uma reportagem falsa do programa My View with Lara Trump, apresentado pela nora de Trump, da emissora Fox News. Na suposta matéria, a versão de IA do presidente anuncia que, em breve, 'todo americano terá seu cartão medbed'.
O vídeo foi publicado no perfil de Trump na rede social do republicano, a Truth Social, no sábado, 27. A publicação foi deletada no domingo, 28, mas as imagens já circulavam pela web, inclusive em outras plataformas.
A teoria da conspiração das 'medbeds' ganhou força com o movimento QAnon e em fóruns de discussão de extrema-direita: a premissa é de que existam tecnologias capazes de curar qualquer doença ou condição médica, inclusive regenerar membros amputados ou rejuvenescer o paciente.
Os conteúdos também apontam que os supostos equipamentos seriam mantidos em segredo do público em geral, com uso restrito a bilionários e membros do alto escalão do governo norte-americano, instalados em bases militares secretas. Alguns adeptos mais radicais dizem, ainda, que o aparelho seria produzido com tecnologia extraterrestre.
Ainda assim, a teoria da conspiração se tornou um negócio lucrativo. Na região de Pittsburgh, na Pensilvânia, EUA, uma clínica diz oferecer pernoites em 'medbeds', além de disponibilizar a venda dos próprios aparelhos, com valores entre US$ 600 (R$ 3,2 mil) e US$ 11 mil (R$ 58,7 mil).
A publicidade da suposta clínica levou à intervenção da agência federal Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, em inglês), que, em 2023, emitiu um alerta sobre equipamentos com a promessa de oferecer 'energia vital' e 'biofótons'.
