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Trump ainda pode renegociar acordo nuclear com Irã

Informação veio nesta segunda-feira, da assessora da Casa Branca

6 jan 2020 - 11h47
(atualizado às 12h11)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confia que ainda pode negociar um novo acordo nuclear com o Irã, disse a assessora da Casa Branca Kellyanne Conway nesta segunda-feira, 6, um dia depois de o governo iraniano anunciar que vai se afastar ainda mais dos termos do pacto nuclear de 2015.

Questionada se Trump acredita que ainda pode fazer o Irã renegociar um novo acordo nuclear, Conway disse a repórteres na Casa Branca: "Ele disse que está aberto. Se o Irã quiser começar a se comportar como um país normal... com certeza, absolutamente".

Assessora da Casa Branca Kellyanne Conway durante entrevista
18/12/2019
REUTERS/Kevin Lamarque
Assessora da Casa Branca Kellyanne Conway durante entrevista 18/12/2019 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

Ameaça de "grande ataque"

Trump manteve no domingo a ameaça de atacar locais culturais iranianos, alertando para uma "grande retaliação" se o Irã revidar pela morte de um de seus principais comandantes militares, Qassem Soleimani, que culminou na tensão entre os dois países.

Ao falar a repórteres a bordo do Air Force One, o presidente norte-americano também ameaçou impor sanções contra o Iraque, um importante aliado dos EUA, depois que o Parlamento iraquiano pediu que as tropas dos EUA deixem o país.

Ao citar Soleimani, Trump afirmou que o general Soleimani estava planejando ataques contra norte-americanos e disse que está considerando divulgar os relatórios de inteligência que o levaram a ordenar o assassinato.

Questionado sobre uma possível vingança do Irã, Trump disse: "Se isso acontecer, aconteceu. Se eles fizerem alguma coisa, haverá uma grande retaliação".

Trump tem dito que a operação foi conduzida para evitar uma guerra com o Irã e alertou contra novas escaladas, mas adotou uma retórica rígida em público, tuitando que os Estados Unidos têm 52 alvos iranianos, alguns "em um nível muito alto e importantes para o Irã e a cultura iraniana", se o Irã atingir quaisquer posições norte-americanas ou norte-americanos em retaliação pela morte de Soleimani.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, negou no domingo que Trump tenha dito que atacaria locais culturais iranianos, mas o presidente o contradisse quando perguntado sobre o assunto na noite de domingo.

"Eles têm permissão para usar bombas na estrada e explodir nosso povo, e não podemos tocar em seus locais culturais? Não é assim que funciona", disse.

Atacar locais culturais com ação militar é considerado um crime de guerra sob o direito internacional, incluindo uma resolução do Conselho de Segurança da ONU apoiada pelo governo Trump em 2017 e a Convenção de Haia para a proteção de bens culturais, de 1954.

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