Tribunal mantém impeachment e presidente da Coreia do Sul é destituído
Yoon Suk Yeol publicou um decreto de lei marcial em dezembro do ano passado
O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol foi destituído pela Corte Constitucional por impeachment, após declarar lei marcial de forma inconstitucional; eleições serão realizadas em 60 dias.
O presidente Yoon Suk Yeol foi destituído pela Corte Constitucional da Coreia da Sul na noite desta quinta-feira, 3, (horário de Brasília), sexta-feira, 4, (horário local). A decisão manteve o pedido de impeachment do parlamento após o então chefe de Estado publicar um decreto de lei marcial no ano passado.
Pela Constituição do país, uma nova eleição presidencial deve ocorrer em 60 dias. Até lá, o primeiro-ministro Han Duck-soo será o responsável pela cadeira de maneira interina.
Para o presidente interino do Supremo Tribunal, Moon Hyung-bae, o agora ex-presidente violou o dever do cargo ao tomar medidas que estavam além de suas funções e gerou caos em todas as áreas da sociedade.
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"(Yoon) cometeu uma grave traição à confiança do povo, que são os membros soberanos da república democrática", disse. A decisão foi unânime entre os oito juízes.
No momento do anúncio da decisão, milhares de sul-coreanos celebraram e aplaudiram a saída definitiva de Yoon: "Nós vencemos!".
Ao mesmo tempo, o ex-presidente enfrenta julgamento criminal por acusações de insurreição. Ele chegou a ser preso em 14 de janeiro, mas foi solto em março.
Em 3 de dezembro, Yoon declarou lei marcial. A medida, porém, foi totalmente rejeitada pelos parlamentares e anulada seis horas depois. (* Com informações de Reuters).