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Terroristas mudam comunicação após denúncia de Snowden

Alto funcionário do governo britânico aponta que os grupos têm tornado difícil a tarefa das agências de inteligência de interceptar mensagens

29 abr 2014 - 12h09
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<p>Em junho de 2013, Snowden revelou&nbsp;que a NSA coletava&nbsp;dados pessoais de usu&aacute;rios do Google e de redes sociais por meio de um programa secreto</p>
Em junho de 2013, Snowden revelou que a NSA coletava dados pessoais de usuários do Google e de redes sociais por meio de um programa secreto
Foto: AP

Terroristas alteraram substancialmente os métodos de comunicação desde os vazamentos feitos pelo ex-agente de inteligência norte-americano Edward Snowden, dificultando os esforços de interceptação das agências de inteligência, disse um funcionário graduado do governo britânico nesta terça-feira.

"O efeito Snowden foi muitíssimo severo", afirmou Stephen Phipson, diretor do Escritório Britânico de Segurança e Contraterrorismo (OSCT, na sigla em inglês), numa conferência sobre o tema em Londres.

Snowden, ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA, revelou pela imprensa em junho de 2013 detalhes sobre a dimensão das atividades de vigilância eletrônica dos governos dos EUA e Grã-Bretanha contra milhões de cidadãos do mundo todo.

"Nossos adversários, os terroristas que estão por aí, têm agora visão completa sobre o tipo de ferramentas e a gama de técnicas que estão sendo usadas pelos governos", disse ele. "Posso lhes dizer que os dados mostram uma redução substancial no uso desses métodos de comunicação como resultado dos vazamentos de Snowden."

Snowden fugiu dos EUA, onde é acusado de espionagem, e conseguiu asilo temporário na Rússia.

Em suas revelações iniciais, ele disse aos jornais The Guardian e The Washington Post, que a NSA estava garimpando os dados pessoais de usuários do Google, Facebook, Skype e outras companhias norte-americanas, graças a um programa secreto conhecido como Prism.

Vazamentos posteriores indicaram que os EUA haviam monitorado conversas telefônicas de cerca de 35 líderes mundiais, inclusive a presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Já o serviço britânico de inteligência, o GCHQ, foi acusado de interceptar milhões de videoconferências via Yahoo, como parte de uma enorme operação de vigilância.

Os EUA iniciaram reformas no seu programa de inteligência após as revelações, ao passo que a Grã-Bretanha insistiu no caráter legal das suas atividades.

"Alguns dos métodos que ele (Snowden) descreve, o governo usa para monitorar o terrorismo, e como consequência natural você vê terroristas tentando usar outros métodos de comunicação", disse Phipson a um pequeno grupo de repórteres.

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