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Premiê do Japão diz querer fazer o melhor em meio a temores sobre sua saúde

24 ago 2020 - 12h33
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O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse nesta segunda-feira que quer cuidar da saúde e dar o máximo de si no cargo depois que uma segunda visita a um hospital em poucos dias provocou dúvidas sobre sua condição de continuar como líder da terceira maior economia do mundo.

Primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, durante entrevista coletiva em Tóquio
25/05/2020 REUTERS/Kim Kyung-Hoon/Pool
Primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, durante entrevista coletiva em Tóquio 25/05/2020 REUTERS/Kim Kyung-Hoon/Pool
Foto: Reuters

A visita coincidiu com a época em que o premiê japonês há mais tempo na função superou o recorde de mandato consecutivo mais longo de um primeiro-ministro --estabelecido por seu tio-avô, Eisaku Sato, meio século atrás--, o que aumenta a especulação de que Abe pode renunciar depois de ter alcançado o marco.

Abe, criticado pela maneira como lida com o surto de coronavírus e alguns escândalos, viu o apoio do eleitorado recuar para um dos níveis mais baixos desde que voltou ao posto para um segundo mandato em 2012 prometendo ressuscitar a economia e fortalecer a defesa.

"Eu gostaria de cuidar de minha saúde e dar meu melhor no trabalho", disse Abe aos repórteres em sua residência oficial depois de visitar um hospital de Tóquio onde disse ter recebido os resultados de um exame feito na semana passada e passado por verificações adicionais.

Abe, que faz 66 anos no mês que vem, também disse que quer voltar a falar sobre seus exames médicos mais tarde.

Mais cedo, o porta-voz governamental, Yoshihide Suga, disse que Abe estava dando sequência a um exame feito uma semana atrás que durou sete horas e meia, o que aumentou os temores a respeito de seu estado.

Mas a grande emissora Nippon TV disse que Abe estava recebendo tratamento para uma doença crônica, e não fazendo um check-up, citando diversas fontes não identificadas do governo e do partido governista.

Abe, que iniciou seu segundo período como premiê em 2012, renunciou ao primeiro mandato em 2007 por causa de sua luta com uma colite ulcerosa, que hoje ele controla com remédios antes indisponíveis.

Seu escritório não deu uma explicação detalhada para as visitas hospitalares, mas o ministro da Saúde, Katsunobu Kato, um assessor próximo do premiê, disse que a visita da semana passada foi um check-up de rotina e que não está "nem um pouco" preocupado com a saúde de Abe.

A mídia japonesa especulou sobre sua saúde neste mês, inclusive em reportagens detalhadas sobre a velocidade de seu passo. A revista semanal Flash disse que Abe vomitou sangue no escritório no dia 6 de julho. A Reuters não conseguiu confirmar a reportagem amplamente citada, que foi negada por autoridades de governo.

Abe faz exames de rotina duas vezes por ano, e o mais recente foi em 13 de junho, disse a agência de notícias Kyodo, citando uma fonte hospitalar ao acrescentar que a visita da semana passada foi a sequência do check-up de junho.

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