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Policiais de Louisville são dispensados de acusações criminais na morte de Breonna Taylor

23 set 2020 - 18h56
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Dois policiais brancos que dispararam suas armas no apartamento de Breonna Taylor, mulher negra do serviço de saúde, não serão processados legalmente pela morte dela, pois o uso de força foi justificado, mas um terceiro oficial foi acusado de colocar os vizinhos de Taylor em perigo, afirmou o procurador-geral do Estado norte-americano do Kentucky nesta quarta-feira.

Memorial para Breonna Taylor, no Kentucky. 10/9/2020.  REUTERS/Bryan Woolston
Memorial para Breonna Taylor, no Kentucky. 10/9/2020. REUTERS/Bryan Woolston
Foto: Reuters

O procurador-geral Daniel Cameron anunciou a decisão do júri de Louisville numa entrevista, enquanto manifestantes que pediam o fim da injustiça racial e da brutalidade policial lotavam as ruas da maior cidade do Kentucky. 

O ex-detetive Brett Hankison foi indiciado por perigo arbitrário no primeiro grau, um dos delitos menos graves de acordo com a legislação do Estado, e que pode acarretar em uma condenação de no máximo cinco anos na prisão. 

Benjamin Crump, advogado que representa a família de Taylor, afirmou que é um escândalo o fato de nenhum dos policiais ser criminalmente implicado pela morte dela. 

Breanna Taylor, 26, foi morta diante do namorado, que estava armado, pouco após a meia-noite no dia 13 de março dentro de seu apartamento em Louisville, após Hankison e dois colegas forçarem a abertura da porta do imóvel com mandado de busca e apreensão. 

Outros dois policiais, o sargento Jonathan Mattingly e o detetive Myles Cosgrove, não foram indiciados porque agiram de acordo com a lei estadual do Kentucky ao atirarem em resposta aos tiros disparados pelo namorado de Taylor, Kenneth Walker, e que atingiram Mattingly na coxa, disse Cameron. 

"Não há dúvidas de que é um caso angustiante e carregado de emoções", disse Cameron, negro e republicano, a jornalistas. 

O governador Andy Beshear pediu que Cameron disponibilize todas as evidências no caso para que o público possa melhor entender o andamento da investigação.

"Todos podem e deveriam estar informados", disse Beshear. "Os que sentem frustração e dor, eles merecem saber mais". 

Hankinson disparou sua arma dez vezes. Algumas das balas viajaram pelo apartamento de Taylor e adentraram um apartamento adjacente onde um homem, uma mulher grávida e uma criança estavam em casa. 

"Não há evidências conclusivas" de que as balas de Hankinson atingiram Taylor, disse Cameron. O júri o indiciou por arbitrariamente colocar em perigo os vizinhos", disse Cameron.

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