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Papa quer "escrever nova página" em primeira viagem à Península Arábica

1 fev 2019 - 11h14
(atualizado às 11h23)
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O papa Francisco espera persuadir um país implicado em uma guerra regional já criticado por ele a dar mais liberdade aos católicos, quando se tornar o primeiro pontífice a colocar os pés na Península Arábica.

Papa Francisco
23/01/2019
REUTERS/Carlos Jasso
Papa Francisco 23/01/2019 REUTERS/Carlos Jasso
Foto: Reuters

Francisco passará menos de 48 horas nos Emirados Árabes Unidos, que lutam ao lado da Arábia Saudita na guerra do Iêmen, e só deve fazer dois pronunciamentos públicos durante a viagem, que começa na noite de domingo.

Embora curta, a visita à península, lar de 2 milhões de católicos expatriados, além dos santuários mais sagrados do islamismo na Arábia Saudita, é um marco. A liberdade para se praticar o cristianismo --ou qualquer religião além do islamismo-- varia entre os países do Golfo Pérsico.

A missa papal na Cidade Esportiva de Zayed de Abu Dabi deve atrair cerca de 120 mil pessoas na terça-feira.

"Estou feliz por esta ocasião que o Senhor me deu para escrever, em sua terra querida, uma nova página na história das relações entre as religiões", disse Francisco em uma mensagem de vídeo na quinta-feira -- que começou em árabe com as palavras Al Salamu Alaikum (que a paz esteja com você).

"A fé em Deus une, e não divide, ela nos aproxima apesar das diferenças, ela nos distancia das hostilidades e da aversão".

Padres, fiéis e diplomatas dos Emirados dizem que o país é um dos mais tolerantes do Golfo com outras religiões.

Nos Emirados e no Kuwait, os cristãos podem orar em igrejas ou complexos de igrejas, e em outros locais com licenças especiais, mas as igrejas são proibidas em solo saudita.

Francisco elogiou os Emirados por serem "uma terra que está tentando ser um modelo de coexistência, de fraternidade humana, e um local de encontro entre civilizações e culturas diversas".

Ele já visitou meia dúzia de nações predominantemente muçulmanas e aproveitou estas viagens para pedir um diálogo inter-religioso e repudiar a ideia da violência em nome de Deus. Em março ele irá ao Marrocos.

Mas a guerra do Iêmen, que o papa criticou várias vezes, pode ofuscar a viagem.

Em junho passado ele disse estar acompanhando o "destino dramático do povo do Iêmen, já exausto após anos de conflito", e apelou para que a comunidade internacional busque negociações "para evitar um agravamento da situação humanitária já trágica".

Francisco também visitará a Grande Mesquita Xeique Zayed de Abu Dabi, a maior do país, e terá uma reunião particular com o Conselho Muçulmano de Anciãos no local.

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