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Mundo

Papa cria tribunal para investigar bispos sobre abuso sexual

Vaticano informou que o tribunal será subordinado à Congregação para a Doutrina da Fé

10 jun 2015 - 13h29
(atualizado às 13h37)
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Papa Francisco durante audiência geral na Praça de São Pedro, no Vaticano. 10/06/2015
Papa Francisco durante audiência geral na Praça de São Pedro, no Vaticano. 10/06/2015
Foto: Tony Gentile / Reuters

O papa Francisco aprovou nesta quarta-feira um tribunal inédito no Vaticano para julgar bispos acusados de acobertar ou não impedir abuso sexual de menores, mas um grupo de vítimas considerou a medida insuficiente e tardia.

Em um comunicado, o Vaticano informou que o tribunal será subordinado à Congregação para a Doutrina da Fé, braço doutrinário do Vaticano, "para julgar bispos com relação a crimes de abuso de cargo quando relacionado ao abuso de menores".

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Grupos de vítimas há anos cobram do Vaticano o estabelecimento de procedimentos claros para responsabilizar os bispos por abusos ocorridos em suas dioceses, mesmo quando não estão diretamente envolvidos.

O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse a repórteres que os bispos também poderão ser julgados se falharem em adotar medidas para impedir o abuso de menores.

As denúncias contra os bispos inicialmente seriam investigadas por um dos três departamentos do Vaticano, dependendo da jurisdição do bispo, antes de ser levada a julgamento pelo tribunal doutrinário.

O grupo sediado nos EUA Rede de Sobreviventes dos Abusados por Padres (Snap, na sigla em inglês) disse que o papa deveria ter ido além. "(O papa) poderia ter demitido dezenas de bispos cúmplices. Ele, no entanto, não demitiu ninguém", disse o Snap em comunicado.

O Vaticano disse que o papa aprovou propostas apresentadas a ele por uma comissão encarregada de aconselhá-lo sobre como acabar com os abusos na Igreja.

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