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Otan se posiciona contra sistema de mísseis russo que violaria regras

15 dez 2017 - 14h42
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Aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) expressaram publicamente nesta sexta-feira sua preocupação com um sistema de mísseis de cruzeiro da Rússia que a aliança diz poder violar o pacto da época da Guerra Fria que proíbe tais armas, demonstrando apoio a Washington com o gesto.

Secretário-geral da Otan Stoltenberg em cúpula da UE em Bruxelas
 14/12/2017    REUTERS/Francois Lenoir
Secretário-geral da Otan Stoltenberg em cúpula da UE em Bruxelas 14/12/2017 REUTERS/Francois Lenoir
Foto: Reuters

Os Estados Unidos acreditam que a Rússia está desenvolvendo um sistema de mísseis de cruzeiro terrestres com um alcance que é proibido por um tratado de 1987 e que poderia dar a Moscou a capacidade de lançar um ataque nuclear contra a Europa em um prazo curto.    "Aliados identificaram um sistema de mísseis russo que provoca sérias preocupações", disse a Otan em um comunicado. "A Otan exorta a Rússia a abordar estas preocupações de uma maneira substancial e transparente, e se engajar ativamente em um diálogo com os Estados Unidos".

Em um comunicado separado, a enviada dos EUA à Otan, Kay Bailey Hutchison, disse: "O comportamento da Rússia provoca sérias preocupações".

A Rússia negou estar violando o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário de 1987.    Os temores da Otan devem tensionar ainda mais as relações entre Moscou e o Ocidente, já em baixa desde a anexação russa da Crimeia em 2014, as sanções ocidentais contra a economia russa e as acusações norte-americanas de que Moscou usou hackers para influenciar a eleição presidencial de 2016 nos EUA.    Moscou nega ter interferido na eleição.    O comunicado da Otan veio na esteira de uma reunião entre a Rússia e os EUA em Genebra na semana passada para marcar o 30o aniversário do tratado firmado entre os EUA e a União Soviética.    De acordo com um relatório de abril do Departamento de Estado norte-americano, em 2016 Washington determinou que a Rússia está violando suas obrigações do tratado de "não possuir, produzir, ou testar em voo" um míssil de cruzeiro terrestre com um alcance de 500 a 5.500 quilômetros "ou possuir ou produzir lançadores de tais mísseis".    Na semana passada o Departamento de Estado disse estar analisando as opções militares, inclusive novos sistemas de mísseis de cruzeiro de alcance intermediário, a primeira reação do governo do presidente Donald Trump às acusações.    Também na semana passada o Ministério das Relações Exteriores russo disse que está pronto para conversar com os EUA para tentar preservar o tratado e que cumprirá suas obrigações se os norte-americanos o fizerem.

((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447765)) REUTERS TR

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