Otan confirma que restam pequenos focos de resistência na Líbia
A Otan confirmou nesta terça-feira que as forças do Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia já controlam a maior parte das cidades de Sirte e Bani Walid, últimos focos de resistência do antigo regime, e que o fim de sua operação na Líbia está "próximo".
Segundo o porta-voz da missão, Roland Lavoie, a Aliança do Atlântico Norte considera que, apesar da "luta em pequena escala" que continua em ambas localidades, as forças de Muammar Kadafi já não representam uma ameaça generalizada para a população.
Lavoie informou em entrevista coletiva que ainda existem "pequenos focos" de resistência, mas ressaltou que os kadafistas já não têm capacidade para coordenar ações ofensivas.
Após a conquista de Bani Walid na segunda-feira, Sirte é o último bastião das forças do antigo regime, embora mantenham apenas o controle de algumas áreas da cidade.
"A situação em Sirte é de luta armada urbana limitada ao perímetro de poucos edifícios", explicou o porta-voz, insistindo que os combates acontecem em uma "área muito pequena".
A Otan, no entanto, não tem intenção de terminar sua missão de forma imediata. "O final se está aproximando", explicou a porta-voz da Otan Carmen Romero, ressaltando, no entanto, que é "prematuro" fixar um calendário, como indicou na sexta-feira passada o secretário-geral da Aliança, Anders Fogh Rasmussen.
Os países da Otan pactuaram que a missão chegará a seu fim quando for cumprida uma série de condições no terreno, principalmente que não haja uma ameaça para a população civil e que as novas autoridades sejam capazes de garantir a segurança.
Nesse sentido, a Aliança anunciou hoje que a Líbia começará a operar o tráfego aéreo na área de Benghazi (leste do país), com a intenção de fazer o mesmo no resto de seu espaço aéreo após a retirada da Otan.
Embora não tenha sido discutida, uma das saídas pelas quais a Otan poderia optar é a de não terminar completamente sua operação e manter, por exemplo, a vigilância marítima que realiza no Mediterrâneo, indicaram fontes aliadas.
"É cedo demais para dizer alguma coisa, é algo que os embaixadores terão que discutir com base na análise militar", frisou Carmen Romero.