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Oriente Médio

Trezentos chineses combatem Estado Islâmico no Oriente Médio

Membros chineses do Movimento Islâmico do Turquestão do Leste estão viajando para a Síria

15 dez 2014 - 10h50
(atualizado às 16h42)
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<p>China demonstra preocupação com a ascensão do Estado Islâmico no Oriente Médio</p>
China demonstra preocupação com a ascensão do Estado Islâmico no Oriente Médio
Foto: EFE en español

Cerca de 300 chineses estão lutando com o Estado Islâmico no Iraque e na Síria, afirmou um jornal estatal chinês nesta segunda-feira, um número incomum que deve aumentar os temores de que os militantes representem uma ameaça à segurança na China.

A China demonstra preocupação com a ascensão do Estado Islâmico no Oriente Médio e com o efeito que o fenômeno pode ter na região chinesa de Xinjiang, lar dos muçulmanos uigures, mas nem por isso deu qualquer sinal de que busca se unir aos esforços dos Estados Unidos usando a força militar contra o grupo.

Membros chineses do Movimento Islâmico do Turquestão do Leste (Etim, na sigla em inglês) estão viajando para a Síria via Turquia para reforçar as fileiras do Estado Islâmico, relatou o Global Times, um jornal do Diário do Povo, diário oficial do Partido Comunista da China.

Entenda a diferença entre sunitas e xiitas:

“De acordo com informações de várias fontes, inclusive de autoridades de segurança da região do Curdistão iraquiano, da Síria e do Líbano, cerca de 300 extremistas chineses estão lutando com o Estado Islâmico no Iraque e na Síria”, informou o Global Times.

As autoridades chinesas culpam o Etim por ataques em Xinjiang, mas o governo tem sido vago a respeito do número de pessoas oriundas da China que estariam combatendo no Oriente Médio.

Em julho, o enviado chinês para o Oriente Médio, Wu Sike, citou reportagens quando declarou que cerca de 100 cidadãos chineses, a maioria do Etim, estão na região lutando ou sendo treinados.

A China afirma que os militantes do Etim também estão escondidos ao longo da fronteira sem lei entre o Afeganistão e o Paquistão e que querem criar um Estado separado em Xinjiang, embora muitos especialistas estrangeiros tenham dúvidas sobre a coesão do grupo.

Ao contrário deles, defensores de direitos humanos argumentam que a marginalização econômica dos uigures e os limites impostos à sua cultura e religião estão entre as principais causas da violência étnica em Xinjiang, que já matou centenas de pessoas nos últimos dois anos.

Pequim criticou o governo turco por oferecer abrigo aos refugiados uigures que fugiram da China pelo sudeste da Ásia e disse que essa rota cria riscos de segurança.

Desvendando o Estado Islâmico Desvendando o Estado Islâmico

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