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Oriente Médio

Irã defende seu programa de mísseis e critica novas sanções dos EUA

17 jun 2017 - 05h47
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O governo do Irã defendeu seu programa de mísseis e criticou que as novas sanções do Senado dos Estados Unidos, dizendo que elas não podem ser usadas por Washington para eludir os seus compromissos com o acordo nuclear.

"Levando em conta o histórico do Senado dos EUA de hostilidade e inimizade com o povo iraniano, a sua recente votação de novas sanções contra Teerã não era imprevisível", disse o porta-voz do Ministério do Relações Exteriores iraniano, Bahram Qasemi, segundo neste sábado a imprensa local.

O Senado americano aprovou na última quinta-feira um novo texto legislativo que impõe sanções a qualquer pessoa ou empresa estrangeira que faça negócios com uma entidade já designada pelo governo dos EUA pela sua conexão com o programa de mísseis balísticos do Irã.

No entanto, estas sanções não constituem uma violação do acordo nuclear alcançado em julho de 2015 com Teerã pelo Grupo 5+1 (EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha).

O porta-voz iraniano pediu ao governo americano cumprir os seus compromissos com o pacto nuclear "totalmente e com boa vontade" e não recorrer a "regulamentos internos" para evitá-los.

Qasemi assegurou que o Irã cumpre "plenamente" com as suas obrigações do acordo nuclear e, quanto ao programa de mísseis, insistiu em que "nada pode privar a República Islâmica do seu direito legítimo de se defender".

Ele também rejeitou as acusações "injustificáveis" sobre as forças militares iranianas e seu programa de mísseis que - afirmou - são "totalmente legítimos" e não violam a resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU.

O porta-voz adiantou que as autoridades iranianos estão estudando a nova lei do Senado americano e adotarão "medidas apropriadas".

Washington impôs nos últimos meses várias rodadas de sanções contra entidades iranianas relacionadas com o programa de mísseis balísticos do país.

EFE   
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