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Oriente Médio

Exames em Ariel Sharon mostram avanço no conhecimento sobre o coma

29 jan 2013 - 10h52
(atualizado às 11h09)
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Os modernos exames cerebrais que permitiram uma nova avaliação médica do estado de saúde do ex-premiê israelense Ariel Sharon, inconsciente há mais de seis anos, mostram como os avanços da neurociência estão obrigando os médicos a reverem seus conceitos sobre as situações de coma prolongado.

O ex-premiê israelense Ariel Sharon está inconsciente há mais de seis anos
O ex-premiê israelense Ariel Sharon está inconsciente há mais de seis anos
Foto: AFP

Sharon está em coma desde que sofreu um derrame, em 2006, mas novos exames indicam que ele pode ter algum grau de consciência, o que incluiria escutar sons e ver figuras. "É encorajador encontrar esses sinais, porque isso abre a possibilidade de alguma comunicação significativa", disse Paul Matthews, professor de neurologia do Imperial College, de Londres.

Até recentemente, segundo ele, supunha-se que muitos dos pacientes considerados em "estado vegetativo" não tinham consciência do seu entorno. Mas os progressos nos exames de ressonância magnética funcional por imagens - máquinas que detectam alterações no fluxo sanguíneo para mensurar a atividade cerebral - começam a mudar essa visão.

Em comparação a outros pacientes "vegetativos" que passaram por exames semelhantes e tiveram seus casos descritos em revistas científicas, as reações de Sharon foram muito sutis, disse Martin Monti, psicólogo cognitivo da Universidade da Califórnia em Los Angeles, que integrou a equipe americana-israelense que examinou o cérebro de Sharon.

Mas, com a realização de mais exames e pesquisas para conceber uma forma que lhe permita sinalizar se está processando a informação externa, não é impossível que Sharon - como outros pacientes - possa no futuro responder a perguntas sobre o seu estado mental ou sobre se sente dores.

"Se esses sinais ficarem mais robustos, não há dúvida de que podemos usar coisas como interfaces cérebro-computador (para estabelecer a comunicação)", disse Monti à Reuters enquanto voltava de Israel para os EUA.

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