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Mundo

OMS: surto de cólera afeta Somália e de sarampo a Etiópia

9 ago 2011 - 09h14
(atualizado às 09h29)
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu nesta terça-feira que, à medida que se agrava a crise de fome na Somália e no resto do Chifre da África, se multiplicam os casos de sarampo e cólera entre as povoações mais afetadas pela dificuldade de acesso à água potável e a alimentação deficiente.

A OMS confirmou a existência de surtos de cólera nas regiões somalis de Mogadíscio, Bay, Mudug e Lower Shabelle, e no Hospital Banadir da capital foram registrados 4.061 casos - 76% em menores de 5 anos - e 172 mortes relacionadas à doença desde o início do ano.

O porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, declarou nesta terça-feira em Genebra que neste momento, quando a temporada de chuva está chegando a algumas áreas do país, o risco de transmissão de cólera é cada vez mais elevado, especialmente nas comunidades onde as pessoas utilizam água que pode estar contaminada.Por isso, a OMS está realizando uma campanha para a prevenção da cólera.

Jasarevic explicou que os novos fluxos de deslocados internos, que se concentram em assentamentos improvisados com precárias condições de salubridade, representam o maior problema para controlar a propagação dessa doença.

Em relação ao sarampo, o porta-voz da OMS destacou que o surto mais grave se deu no campo de refugiados de Dolo Ado, na Etiópia, região na qual desde o início do ano foram registrados 17,5 mil casos.

Para combater a doença, a OMS, o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Ministério da Saúde da Etiópia iniciaram uma campanha de vacinas que já contemplou 300 crianças do campo de Dolo Ado, onde na semana passada foram isoladas sete pessoas com suspeita de sarampo.

O porta-voz do Acnur, Andrej Mahecic, revelou que em Dolo Ado foram registradas 25 mortes nas últimas semanas, das quais ao menos quatro se deveram a casos de sarampo.

A OMS advertiu que podem ocorrer surtos de outras doenças, já que apenas 31% das crianças somalis receberam a vacina contra difteria, tétano e coqueluche e apenas 28% tomaram as três doses da vacina contra a poliomielite.

EFE   
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