Militares dos EUA substituem bombardeiros B-2 que foram enviados em meio às tensões no Oriente Médio
As Forças Armadas dos Estados Unidos estão substituindo seus bombardeiros B-2 por outro tipo de bombardeiro em uma base no Indo-Pacífico, que era vista como uma localização ideal para operar no Oriente Médio, disseram autoridades norte-americanas à Reuters nesta segunda-feira.
O Pentágono enviou até seis bombardeiros B-2 em março para uma base militar britânica e norte-americana na ilha de Diego Garcia, no Oceano Índico, em meio a uma campanha de bombardeio dos EUA no Iêmen e às crescentes tensões com o Irã.
Especialistas dizem que isso colocou os B-2s, que têm tecnologia furtiva e são equipados para transportar as bombas e armas nucleares mais pesadas dos EUA, em posição de operar no Oriente Médio.
Autoridades, falando sob condição de anonimato, disseram que os bombardeiros B-2 estavam sendo substituídos por bombardeiros B-52.
O Pentágono disse que não comenta sobre ajustes na postura da força.
Novas conversações entre negociadores iranianos e norte-americanos para resolver disputas sobre o programa nuclear de Teerã terminaram em Omã no domingo, com mais negociações planejadas.
A quarta rodada de negociações ocorreu antes da visita planejada do presidente Donald Trump ao Oriente Médio. Trump, que ameaçou uma ação militar contra o Irã se a diplomacia falhar, restaurou uma campanha de "pressão máxima" sobre Teerã desde que retornou à Casa Branca em janeiro.
Teerã está disposto a negociar algumas restrições em seu trabalho nuclear em troca do levantamento das sanções, de acordo com as autoridades iranianas, mas o fim de seu programa de enriquecimento ou a entrega de seu estoque de urânio enriquecido estão entre o que as autoridades chamaram de "linhas vermelhas do Irã que não podem ser comprometidas" nas negociações.
Além disso, Trump anunciou na semana passada que havia sido fechado um acordo para parar de bombardear o grupo Houthi do Iêmen. Os bombardeiros B-2 foram usados para realizar ataques contra o grupo apoiado pelo Irã.
