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Merkel pede a alemães que votem no domingo por medo de ascensão da extrema-direita

21 set 2017 - 12h37
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O temor de que a apatia do eleitorado alemão possa fortalecer o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) na eleição de domingo levou a chanceler Angela Merkel e seu principal rival a incentivarem seus apoiadores a irem às urnas nos últimos dias de campanha.

Chanceler alemã, Angela Merkel, faz campanha em Fritzlar
21/09/2017 REUTERS/Kai Pfaffenbach
Chanceler alemã, Angela Merkel, faz campanha em Fritzlar 21/09/2017 REUTERS/Kai Pfaffenbach
Foto: Reuters

Como muitos eleitores veem um quarto mandato de Merkel como quase inevitável e estão desanimados com a campanha morna - tumultuada ocasionalmente por provocações e arremessos de tomate em protesto contra a política da chanceler para os refugiados -, os institutos de pesquisa dizem que o comparecimento pode ser baixo.

Uma sondagem da GMS divulgada nesta quinta-feira disse que aqueles que não pretendem votar ou estão indecisos somam 34 por cento - mais do que os 29 por cento que não votaram na última eleição em 2013.

"Meu pedido a todos é que votem, e votem nos partidos que aderem 100 por cento à nossa Constituição", disse Merkel à rádio MDR nesta quinta-feira apontando para o AfD, que alguns comentaristas ligaram a nazistas.

Alguns de seus membros pediram que os alemães reescrevam os livros de história a respeito da era nazista, e o partido vem sendo assolado por desavenças a respeito da negação do Holocausto, o que é crime na Alemanha.

Embora as pesquisas apontem a vitória provável da conservadora Merkel, em quem os cidadãos que prezam a estabilidade confiam para fazer frente a líderes imprevisíveis nos Estados Unidos, na Rússia e na Turquia, o formato de sua coalizão está indefinido.

A maioria dos institutos diz que um comparecimento baixo pode ajudar o AfD, que vem ganhando popularidade se concentrando nos temas da imigração e na segurança.

Comentários de alguns integrantes do alto escalão do AfD, que pode se tornar o primeiro partido de extrema-direita a entrar no Parlamento alemão em mais de meio século, causaram revolta. Neste mês, um de seus líderes disse que a Alemanha deveria ter orgulho de suas conquistas na Segunda Guerra Mundial.

Renate Koecher, pesquisadora do instituto Allensbach, disse ao semanário Die Zeit que muito depende do comparecimento. A "disposição para votar" é mais forte entre os conservadores e os apoiadores do AfD, afirmou.

A maioria dos indecisos são eleitores do Partido Democrático Liberal (FDP), dos Verdes e do Esquerda, o que indica que um comparecimento maior ajudaria legendas menores de esquerda, argumentou.

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