PUBLICIDADE

Mundo

Manifestantes contrários à lei de extradição tomam as ruas de Hong Kong

21 jun 2019 - 11h43
Compartilhar
Exibir comentários

Milhares de manifestantes vestidos de preto interditaram ruas e cercaram quartéis da polícia de Hong Kong nesta sexta-feira, as manifestações mais recentes contra um projeto de lei de extradição que desencadeou protestos violentos e mergulhou a cidade, governada pela China, em uma crise.

Manifestantes se reúnem na frente de quartéis policiais em Hong Kong
21/06/2019
REUTERS/Ann Wang
Manifestantes se reúnem na frente de quartéis policiais em Hong Kong 21/06/2019 REUTERS/Ann Wang
Foto: Reuters

Grupos majoritariamente de estudantes usando capacetes, óculos de proteção e máscaras montaram barricadas e detiveram veículos em um protesto essencialmente pacífico para exigir que a líder Carrie Lam, que defendeu e depois adiou o projeto de lei, o descarte de vez.

"Ter pessoas aqui está pressionando o governo (a ver) que não concordamos com seus planos de extradição", disse o estudante Edison Ng, que protestava sob um calor de cerca de 32 graus Celsius.

"Não está claro quanto tempo ficaremos... ir embora ou não ir, o povo decidirá".

Os protestos, o maior desafio popular ao presidente chinês, Xi Jinping, desde sua posse, em 2012, forçaram mais uma vez o fechamento temporário dos escritórios do governo de Hong Kong devido aos temores de segurança.

Ruas perto do centro da ex-colônia britânica que normalmente estariam congestionadas estavam vazias, e os manifestantes reforçaram os bloqueios com barras de metal.

"Nunca se rendam" ecoava pelas ruas enquanto os manifestantes bradavam perto dos quartéis da polícia e exortavam o chefe de polícia, Stephen Lo, a renunciar.

A polícia alertou com megafones os ativistas para que não avançassem.

Centenas permaneciam diante de edifícios do governo na noite desta sexta-feira, a maioria sentada pacificamente e se borrifando com água para se refrescar.

Nas proximidades, um grupo grande cantava "Sing Hallelujah to the Lord", que se tornou hino improvável dos protestos.

Hong Kong voltou ao controle chinês em 1997, desde quando é governada sob a fórmula "um país, dois sistemas", que inclui liberdades inexistentes na China continental, como um Judiciário independente muito valorizado.

Milhares de pessoas temerosas de uma erosão maior destas liberdades encheram as ruas do centro financeiro asiático neste mês para repudiar o projeto de lei, que permitiria que pessoas fossem extraditadas à China para serem julgadas em tribunais controlados pelo Partido Comunista.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade