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Mundo

Manifestantes ateiam fogo em estações de trem na Índia em protesto contra lei de cidadania

12 dez 2019 - 10h53
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Manifestantes atacaram estações de trem do nordeste da Índia, disseram autoridades nesta quinta-feira, durante protesto em repúdio a uma nova lei que tornará mais fácil para minorias não muçulmanas de alguns países vizinhos pleitearem a cidadania indiana.

Polícia remove barricada em chamas colocada por manifestantes em Guwahati
12/12/2019
REUTERS/Anuwar Hazarika
Polícia remove barricada em chamas colocada por manifestantes em Guwahati 12/12/2019 REUTERS/Anuwar Hazarika
Foto: Reuters

O governo nacionalista do primeiro-ministro Narendra Modi disse que o Projeto de Emenda da Lei de Cidadania, aprovado pelo Parlamento na quarta-feira, foi concebido para proteger minorias de Bangladesh, Paquistão e Afeganistão.

Manifestantes de Assam, Estado do nordeste especializado no plantio de chá e que faz divisa com Bangladesh, dizem que a medida abrirá a região para uma inundação de estrangeiros. Outros dizem que o maior problema com a nova lei é que ela mina a Constituição secular da Índia por não oferecer proteção aos muçulmanos.

A polícia disparou gás lacrimogêneo em Guwahati, a principal cidade de Assam, para dispersar grupos pequenos de pessoas que protestavam nas ruas, desafiando um toque de recolher imposto na quarta-feira.

"Esta é uma reação pública espontânea", disse Nehal Jain, mestrando em Comunicações de Guwahati. "Primeiro eles nos dizem que há imigrantes ilegais demais e que precisamos nos livrar deles. Depois adotam essa lei que permitiria cidadania a imigrantes".

Um movimento contra imigrantes ilegais está em ebulição em Assam há décadas.

A emenda garante cidadania indiana a budistas, cristãos, hindus, jainistas, pársis e sikhs que fugiram do Bangladesh, Paquistão e Afeganistão antes de 2015.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
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