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Líder de protestos na Argélia pede período de transição de seis meses

27 abr 2019 - 15h15
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A Argélia precisa de seis meses para preparar eleições livres, disse neste sábado um líder dos protestos, e a transição de 20 anos de governo do presidente Abdelaziz Bouteflika deveria ser administrada por um ex-ministro respeitado pelos manifestantes assim como pelos islamistas.

O pedido de Seif Islam Benatia para que Ahmed Taleb Ibrahimi, um ex-ministro conservador de 87 anos, desempenhe um papel importante, ocorre um dia depois de centenas de milhares de pessoas marcharem pacificamente pela décima sexta-feira consecutiva exigindo a saída da elite dominante da Argélia.

Benatia disse em uma reunião de ativistas e acadêmicos em Argel que nem o presidente interino Abdelkader Bensalah nem o primeiro-ministro Nouredine Bedoui, nomeado por Bouteflika pouco antes de renunciar, podem liderar a transição, já que faziam parte da elite.

Ele também pediu um período de transição de seis meses, mais longo do que o período de 90 dias previsto pela Constituição.

"Definitivamente, o presidente interino e o primeiro-ministro precisam sair", disse Seif Islam, um dentista de 31 anos.

Ibrahimi, filho do proeminente pregador muçulmano Bachir Ibrahimi, serviu sob dois presidentes anteriores, inclusive como ministro das Relações Exteriores. Ele não foi autorizado sob Bouteflika para registrar seu próprio partido político, uma razão pela qual ele é visto agora como alguém fora da elite dominante.

"Taleb Ibrahimi está pronto para nos ajudar a abrir uma nova era e acabar com a crise", disse Seif Islam, acrescentando que se reuniu com ele. "Taleb não será candidato ao (voto) presidencial. Ele é competente, honesto e confiável", disse Benatia.

Não houve comentários imediatos de Ibrahimi.

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