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Kremlin diz estar vencendo corrida armamentista com EUA apesar de acidente com foguete

13 ago 2019 - 12h24
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O Kremlin se vangloriou nesta terça-feira de estar vencendo a corrida para desenvolver novas armas nucleares de ponta, apesar de um misterioso acidente com um foguete na semana passada no norte da Rússia que causou um pico temporário nos níveis de radiação.

Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, na Praça Vermelha, em Moscou
09/05/2019 REUTERS/Maxim Shemetov
Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, na Praça Vermelha, em Moscou 09/05/2019 REUTERS/Maxim Shemetov
Foto: Reuters

A agência estatal nuclear Rosatom disse que o acidente de 8 de agosto ocorreu durante um teste de foguete em uma plataforma marítima do Mar Branco, matando ao menos cinco pessoas e ferindo outras três.

Ela prometeu continuar desenvolvendo novas armas apesar disso, retratando os homens mortos no teste como heróis.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no Twitter na segunda-feira que seu país está "descobrindo muito" sobre a explosão, que ele insinuou ter acontecido durante um teste de um novo míssil de cruzeiro de propulsão nuclear alardeado pelo presidente Vladimir Putin.

A Rússia, que disse que o míssil terá um "alcance ilimitado" e conseguirá superar todas as defesas, chama o projétil de 9M730 Burevestnik (Petrel da Tempestade). A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) o designou como SSC-X-9 Skyfall.

Trump disse no Twitter que os EUA têm "tecnologia semelhante, embora mais avançada", e que os russos estão preocupados com a qualidade do ar nos arredores da instalação de teste e muito além, uma situação que descreveu como "nada boa!"

Mas quando o Kremlin foi indagado, nesta terça-feira, sobre os comentários de Trump disse que a Rússia, e não Washington, está na dianteira no desenvolvimento de novas armas nucleares.

"Nosso presidente vem repetindo que, neste setor, a engenharia russa supera significativamente o nível a que os outros países conseguiram chegar no momento, e é realmente única", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Em 2018, Putin usou seu discurso do Estado da Nação para apresentar o que descreveu como uma gama de novas armas nucleares invencíveis, incluindo um novo míssil de cruzeiro nuclear, um drone submarino nuclear e uma arma de laser.

As tensões existentes entre Moscou e Washington a respeito do controle de armas se exacerbaram com o fim de um tratado nuclear histórico neste mês. A Rússia diz recear que outro tratado de controle de armas histórico vença em breve.

Como sinal do quão séria a situação na área do acidente permanece, autoridades russas aconselharam os moradores do vilarejo vizinho de Nyonoksa a partirem enquanto o trabalho de limpeza é realizado, disse a agência de notícias Interfax nesta terça-feira, citando funcionários locais.

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