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Japão inicia 2ª rodada de retirada de bastões nucleares de usina de Fukushima

15 abr 2019 - 10h41
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A Tokyo Electric Power começou a retirar bastões de combustível nuclear usados de um segundo edifício da usina destruída de Fukushima, usando guindastes de controle remoto para erguer centenas de cilindros radioativos do local que abriga um reator altamente contaminado.

Funcionário da Tokyo Electric Power Co. explica operação no reator 3 da usina de Fukushima
15/04/2019 Kyodo/via REUTERS
Funcionário da Tokyo Electric Power Co. explica operação no reator 3 da usina de Fukushima 15/04/2019 Kyodo/via REUTERS
Foto: Reuters

A empresa, conhecida como Tepco, informou nesta segunda-feira que retirou com sucesso o primeiro de mais de 560 conjuntos de bastões de combustível do reator número 3 e o colocou em um invólucro especial de aço que será enterrado

O reator foi um dos três de Fukushima que derreteram após um terremoto e um tsunami que desligaram os sistemas de resfriamento da usina em 2011.

Em 2014, a Tepco terminou a remoção dos bastões de combustível do reator número 4. Mas a operação de remoção do reator número 3 será muito mais difícil por causa do dano que este sofreu no desastre de 2011, quando uma explosão cobriu a piscina onde os bastões estão atualmente de destroços, incluindo um guindaste.

O dano e a retirada dos destroços adiaram as operações no reator número 3 durante quatro anos. Além disso, o ar altamente irradiado no entorno do local obriga o uso de guindastes de controle remoto para a movimentação dos invólucros dos bastões, que pesam cerca de 45 toneladas.

A Tepco precisa remover os conjuntos frágeis e potencialmente danificados de um compartimento inundado do local do reator que está 18 metros acima do nível do chão e colocá-los em invólucros de contenção, erguer os invólucros da piscina e colocá-los em um caminhão no solo para transportá-los a uma outra piscina de água para armazenamento.

Se os bastões forem expostos ao ar ou quebrarem, gases radioativos podem ser liberados na atmosfera.

"Espera-se que o trabalho seja concluído em março de 2021, mas a segurança é nossa maior prioridade", disse o porta-voz Joji Hara à Reuters

O desastre de 2011 obrigou 160 mil pessoas a deixarem áreas próximas da usina de Fukushima, e muitas jamais voltaram às áreas mais contaminadas.

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