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Itália relembra 27 anos da morte de Giovanni Falcone

Célebre juiz antimáfia foi vítima de ataque da Cosa Nostra

23 mai 2019 - 13h22
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Uma série de homenagens marcou nesta quinta-feira (23) o aniversário de 27 anos do Massacre de Capaci, atentado que matou o juiz antimáfia Giovanni Falcone e mais quatro pessoas.

Giuseppe Conte presta homenagem a Giovanni Falcone
Giuseppe Conte presta homenagem a Giovanni Falcone
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Em 23 de maio de 1992, mafiosos detonaram explosivos escondidos na estrada A29, em Capaci, nos arredores de Palermo, capital da Sicília, no exato momento em que o carro de Falcone passava pela região.

O ataque também vitimou a esposa do magistrado, Francesca Morvillo, e três agentes de sua escolta: Vito Schifani, Rocco Dicillo e Antonio Montinaro. Ao lado de Paolo Borsellino, que seria assassinado dois meses depois, Falcone era protagonista do combate à máfia na Itália e jogou luz sobre o domínio que a Cosa Nostra exercia na Sicília.

"O sacrifício deles se tornou motor de uma cobrança da civilização, que deu força ao Estado para combater e tornou ainda mais exigente o dever de cidadãos e da comunidade de fazer a própria parte para secar as bacias onde as máfias vivem", disse o presidente da Itália, Sergio Mattarella, em uma mensagem pelos 27 anos do Massacre de Capaci.

"Nosso objetivo é claro: fazer da máfia terra queimada", afirmou o primeiro-ministro Giuseppe Conte, durante uma cerimônia na sala de audiências da penitenciária de Ucciardone, em Palermo. O local foi palco do "maxiprocesso" contra a máfia, liderado, entre outros, por Falcone e Borsellino.

"Quem matou Falcone e Borsellino provocou muita dor, mas também despertou o povo italiano, porque depois daquela bomba nada foi como antes", disse o ministro do Interior e vice-premier Matteo Salvini, presente na mesma cerimônia.

Por conta da presença de Salvini, o prefeito de Palermo, Leoluca Orlando, decidiu não participar do evento e se juntou a uma manifestação de jovens nas ruas em defesa das vítimas da máfia. Orlando move uma batalha contra o decreto do ministro que aboliu a permissão de estadia por motivos humanitários na Itália. 

Ansa - Brasil   
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