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Israel não tem plano crível para proteger civis em Rafah, diz Blinken

12 mai 2024 - 12h57
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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, defendeu neste domingo a decisão de interromper a entrega de 3.500 bombas a Israel devido a preocupações de que elas poderiam ser usadas na cidade de Rafah, em Gaza, dizendo que Israel não tinha um "plano confiável" para proteger cerca de 1,4 milhão de civis abrigados lá.

Falando ao programa This Week da ABC News, Blinken disse que o presidente Joe Biden continua determinado a ajudar Israel a se defender e que o carregamento de 3.500 bombas de 2.000 libras e 500 libras de peso foi o único pacote de armas dos EUA retido.

Isso pode mudar, disse ele, se Israel lançar um ataque em grande escala contra Rafah, que Israel diz planejar invadir para erradicar os combatentes do grupo militante Hamas no poder.

Biden deixou claro a Israel que se "lançar esta grande operação militar em Rafah, então existem certos sistemas que não iremos apoiar e fornecer para essa operação", disse Blinken.

"Temos preocupações reais sobre a forma como são usados", continuou ele. Israel precisa "ter um plano claro e crível para proteger os civis, o que ainda não vimos".

Rafah está abrigando cerca de 1,4 milhões de palestinos, a maioria deles deslocados de outras partes de Gaza devido aos combates e aos bombardeios israelenses, num contexto de terrível escassez de alimentos e água.

O número de mortos na operação militar de Israel em Gaza já ultrapassou pelo menos 35.000 palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas.

A guerra foi desencadeada pelo ataque liderado pelo Hamas ao sul de Israel, em 7 de outubro, no qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas e mais de 250 feitas reféns, segundo registros israelenses.

Israel diz que 620 soldados foram mortos nos combates.

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