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Mundo

Irã rebate ameaça dos EUA, e tensão leva ONU a fazer alerta

Roouhani respondeu Trump sobre atingir 52 alvos iranianos

6 jan 2020 - 17h44
(atualizado às 17h57)
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Hassan Rouhani
Hassan Rouhani
Foto: Reuters

O presidente do Irã, Hassan Rouhani, rebateu nesta segunda-feira (6) às ameaças feitas pelo seu homólogo americano, Donald Trump, de atacar 52 alvos iranianos caso o país resolva retaliar a morte do general Qassem Soleimani.

"Quem se refere ao número 52 também deve se lembrar do número 290. Nunca ameace a nação iraniana", escreveu Rohani, em sua conta no Twitter. O líder iraniano fez uma referência às 290 mortes registradas em 1988, quando um avião foi derrubado por um míssil americano.

Trump disse, no último sábado (4), que os Estados Unidos irão atacar 52 alvos iranianos caso os norte-americanos sejam alvos de alguma operação do Irã. A declaração foi dada após Soleimani ser morto em um ataque dos EUA em Bagdá. O número 52, por sua vez, refere-se a quantidade de reféns feitos pelo Irã, em 1979, quando estudantes iranianos invadiram a embaixada americana em Teerã.

Desde a semana passada, após a ofensiva que matou o general iraniano, os líderes dos dois países têm trocado farpas e ameaças. A tensão, inclusive, fez com que o secretário-geral da ONU, António Guterres, emitisse um alerta. Segundo o diplomata português, "tensões geopolíticas estão em seu nível mais alto neste século", e "esse caldeirão de tensões está levando cada vez mais países a tomarem decisões imprevisíveis com consequências imprevisíveis e um risco profundo de erro de cálculo".

Guterres, que não citou os países, pediu para líderes mundiais serem comedidos, retomarem o diálogo e renovarem a cooperação internacional. Ele lembrou que "'não se deve esquecer que pessoas comuns pagarão os terríveis custos e o preço mais alto da guerra" e por isso "é nosso dever comum impedir isto".

Mais cedo, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, já havia pedido "comportamento responsável e comedimento", além de dizer que o Irã deve se abster de mais violência e "nunca deve obter uma arma nuclear".

Ansa - Brasil   
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