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Implosão do submarino Titan que matou cinco pessoas era evitável, conclui investigação

Submarino é comparado a um “projeto de ensino médio” em relatório final do Conselho de Investigação da Marinha da Guarda Costeira dos EUA

5 ago 2025 - 17h17
(atualizado às 17h30)
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Titan, pequeno submarino que pretendia visitar destroços do Titanic, está desaparecido
Titan, pequeno submarino que pretendia visitar destroços do Titanic, está desaparecido
Foto: Divulgação

Pouco mais de dois anos depois de cinco pessoas terem morrido dentro do submarino Titan, da OceanGate, que implodiu durante o que seria uma visita aos destroços do Titanic, o Conselho de Investigação da Marinha da Guarda Costeira dos Estados Unidos concluiu o relatório sobre o caso. Em um documento de mais de 300 páginas, divulgado nesta terça-feira, 5, o submarino chega a ser comparado a um “projeto de ensino médio” e é reforçado que a tragédia era evitável.

A Guarda Costeira determinou que os principais fatores que contribuíram para a tragédia foram o “processo inadequado de design, certificação, manutenção e inspeção da OceanGate para o Titan”. O relatório também cita uma “cultura tóxica no local de trabalho” da empresa, com “um quadro regulatório doméstico e internacional inadequado para operações submersíveis” e um “processo de denúncia ineficaz sob a Lei de Proteção do Marinheiro”. 

Além disso, foi descoberto que a OceanGate não investigou anomalias que o submarino apresentou no casco após uma primeira expedição, um ano antes da que levou à morte de cinco pessoas. 

“Os investigadores determinaram que o sistema de monitoramento em tempo real do Titan gerou dados que deveriam ter sido analisados e autuados durante a expedição do Titanic de 2022. No entanto, a OceanGate não tomou nenhuma ação relacionada aos dados, realizou qualquer manutenção preventiva ou armazenou adequadamente o Titan durante a temporada prolongada antes de sua expedição ao Titanic de 2023”, aponta a investigação.

Em parte do documento, é pontuado que um ex-diretor de engenharia da OceanGate descreveu a construção e a operação do primeiro casco do Titan como um "projeto de ensino médio" e ressaltou a falta de conhecimento especializado na equipe que trabalhava no submarino.

“Essa falta de expertise na equipe de engenharia da OceanGate foi uma preocupação que se agravou com o tempo, já que funcionários da OceanGate com experiência em submersíveis e engenharia deixaram a empresa voluntariamente ou foram demitidos”, afirmou o relatório.

Esse fracasso da empresa em “seguir os protocolos de engenharia estabelecidos para segurança, testes e manutenção” foi citado como o “fator causal primário” para o desastre.

Imagens inéditas mostram submersível Titan no fundo do mar após implosão:

Relembre o caso

Em junho de 2023, o submarino da OceanGate partiu para uma expedição aos destroços do Titanic – famoso navio que afundou em 1912, localizado a aproximadamente 600 km da costa do Canadá a 3.800 metros de profundidade. A comunicação com o Titan foi perdida à 1h45m do início da expedição, mas a empresa só notificou as autoridades sobre o desaparecimento 8 horas depois, dia 18.

Estavam a bordo do submarino o bilionário britânico Hamish Harding, 58, o empresário paquistanês Shahzada Dawood, 49, e seu filho Suleiman Dawood,19, Paul-Henri Nargeolet, 73,  especialista nos destroços do Titanic e mergulhador, e Stockton Rush, 61, CEO da OceanGate Expeditions.

A Guarda Costeira dos Estados Unidos encontrou os destroços do Titan no dia 22 de junho. Partes do submarino estavam a 487 metros de distância da proa do Titanic, a 3.800 metros de profundidade. 

Vídeo simula 'implosão catastrófica' que matou tripulantes do submarino Titan:
Fonte: Redação Terra
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