Houthis atacam petroleiro com bandeira do Panamá perto do Iêmen, dizem militares dos EUA
Militantes houthis apoiados pelo Irã atacaram neste sábado um petroleiro com bandeira do Panamá na costa do Mar Vermelho, no Iêmen, com um míssil antinavio, mas a tripulação conseguiu restabelecer a energia e manter o curso, de acordo com militares norte-americanos.
Não houve relatos de vítimas, afirmou o Comando Central (Centcom) dos Estados Unidos em comunicado na rede social X.
O incidente foi o mais recente em meses de ataques a navios no Mar Vermelho e no Golfo de Aden pelos houthis, que tomaram o controle da maioria dos principais centros populacionais do Iêmen em uma guerra civil, em oposição à guerra de Israel em Gaza.
Os houthis lançaram um único míssil antinavio contra um petroleiro de propriedade grega, o M/T Wind, por volta da 1h da manhã (horário local), causando alagamento que danificou sua propulsão e direção, disse o Centcom.
Uma embarcação de uma coalizão marítima liderada pelos EUA respondeu imediatamente, mas a tripulação conseguiu restabelecer energia e direção, não sendo necessária nenhuma assistência, e o navio "retomou seu curso por conta própria", afirmou.
"Este comportamento maligno e imprudente dos houthis apoiados pelo Irã ameaça a estabilidade regional e põe em perigo a vida dos marinheiros no Mar Vermelho e no Golfo de Aden", disse o Centcom.
A empresa britânica de segurança Ambrey afirmou que o ataque ocorrou cerca de 10 milhas náuticas a sudoeste da cidade portuária de Moca, e que o míssil havia causado um incêndio no compartimento do equipamento de direção.
Separadamente, a agência britânica de operações de comércio marítimo disse mais cedo que uma embarcação no Mar Vermelho havia sido atingida por um objeto não identificado, e que estava levemente danificada.
"O navio e sua tripulação estão a salvo e seguem viagem para o próximo porto previsto", afirmou o órgão.
Os meses de ataques dos houthis no Mar Vermelho provocaram um grande problema nos fretes globais, forçando empresas a realizarem viagens mais longas e dispendiosas ao redor do sul da África. Em resposta, EUA e Reino Unido realizaram ataques contra o grupo.