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Greve de pilotos da Air France termina após duas semanas

28 set 2014 - 10h11
(atualizado às 13h18)
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<p>Pilotos decidiram encerrar a greve mesmo sem chegar a um acordo</p>
Pilotos decidiram encerrar a greve mesmo sem chegar a um acordo
Foto: Jean-Paul Pelissier / Reuters

Pilotos da Air France decidiram dar fim à greve de duas semanas que atingiu a companhia aérea francesa, disse uma autoridade sindical à Reuters neste domingo. A disputa girava em torno de planos para a nova operação de baixo custo, que provocaram a greve que tem custado até 20 milhões de euros (U$ 25 milhões) por dia.

"Eu posso confirmar que o SNPL (principal sindicato da companhia aérea) decidiu colocar um fim à greve", disse à Reuters Julien Doboz, porta-voz do sindicato SPAF, que também representa pilotos da Air France. 

Os pilotos têm tentado pressionar a Air France a oferecer os mesmos contratos àqueles que voam as novas unidades Transavia e aos que a companhia oferece aos próprios pilotos. A empresa tem argumentado que essa demanda é incompatível com o novo modelo de baixo custo.

Os pilotos decidiram terminar a greve sem chegar a um acordo com a companhia aérea francesa, embora as negociações tenham sido retomadas com a diretoria na noite de sábado. O governo da França controla 16% do grupo e tem um assento no Conselho.

Em comunicado, a Air France justifica que precisa cumprir requisitos "operacionais" e que os aviões precisam passar por uma série de verificações obrigatórias antes de voltar a voar.

Neste domingo, a greve levou ao cancelamento de 55% dos voos previstos e, para amanhã (29), a companhia prevê a suspensão de 51%. A empresa lamentou que, "apesar de longas conversações desde o início do conflito", no dia 15, e de alguns "avanços", não se tenha chegado a acordo com os sindicatos dos pilotos.

Na origem dos desentendimentos estão os projetos do grupo para desenvolver a sua filial de baixo custo Transavia com regras laborais diferentes das da Air France. Apesar do fim do protesto, os sindicatos dos pilotos não conseguiram fazer com que a administração da companhia aérea, apoiada pelo governo, cedesse à reivindicação de um contrato único para todos os pilotos da Air France e suas filiais, incluindo a Transavia, mantendo as vantagens do seu estatuto atual. Os pilotos da Air France receiam que a expansão da companhia de baixo custo leve a uma deterioração das suas condições de trabalho.

Hoje, o SNPL anunciou que quer "continuar as conversações num ambiente de maior serenidade". O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, comemorou o fim de “uma greve demasiada longa", considerando também que o protesto era "incompreensível" e "prejudicava os usuários, a empresa e a economia do país". Para Valls, que apelou em diversas ocasiões para o fim da greve, a "firmeza do governo permitiu reafirmar a estratégia de desenvolvimento da empresa". O Estado francês é acionista de quase 16% do grupo Air France-KLM.

A greve da Air France foi a mais longa desde 1998 e, segundo a administração, os prejuízos podem chegar a 20 milhões de euros por dia.

Com informação da Agência Brasil e da Reuters

Fonte: Terra
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