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Francesas se reúnem em apoio a Gisele Pelicot, vítima de estupro coletivo

14 set 2024 - 14h40
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Centenas de pessoas, a maioria mulheres, se reuniram em cidades ao redor da França neste sábado para apoiar Gisele Pelicot, cujo marido está sendo julgado por acusações de tê-la drogado e recrutado dezenas de estranhos para estuprá-la, um caso que chocou o país. 

Grupos feministas convocaram 30 manifestações em cidades como Marselha e Paris, onde cartazes diziam "Apoio a Gisele" e "Vítimas: acreditamos em vocês", na Place de la Republique.

À medida que sua história extraordinária repercutia pela França desde que o julgamento começou, no início deste mês, Pelicot, agora com 72 anos, tornou-se um símbolo da luta da França contra a violência sexual. 

Foi sua decisão abrir mão de um julgamento privado e insistir que ele fosse público, com duração prevista até dezembro, para alertar o público sobre abuso sexual e apagões induzidos por drogas, segundo seus advogados. 

"Nós a agradecemos milhares de vezes pela sua enorme coragem", afirmou a ativista feminista Fatima Benomar, da associação "Coudes à Coudes", à emissora BFM, acrescentando que as manifestações também buscavam demonstrar apoio a todas as vítimas de estupro. 

Dominique Pelicot, de 71 anos, é acusado de ter repetidamente drogado sua esposa e permitido que estranhos a estuprassem na casa do casal, ao longo de uma década. 

Os promotores afirmaram que Pelicot oferecia sexo com sua esposa em um site e filmava o abuso. Outros 50 homens acusados de terem participado do abuso também serão julgados. 

A advogada de Pelicot, Beatrice Zavarro, disse à imprensa francesa que Pelicot admite seus crimes. Alguns dos outros réus reconheceram culpa, enquanto outros dizem que acreditavam que Gisele Pelicot fingia estar dormindo e era uma participante consensual, segundo a imprensa francesa. 

Cada um deles pode ser preso por até 20 anos se for considerado culpado. 

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