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Fortes explosões são ouvidas em Kiev; sirenes são acionadas

Neste sábado, as autoridades ucranianas acusaram a Rússia de ataques em local onde fica um hospital para tratamento de câncer

12 mar 2022 - 09h46
(atualizado às 16h24)
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Poderosos bombardeios foram registrados durante a madrugada deste sábado, 12, nos subúrbios de Kiev, na capital da Ucrânia, onde as sirenes soaram por um longo tempo, assim como em Lviv, Cherasky, Kharkiv e outras cidades do país.

A informação foi relatada pela correspondente da CNN Internacional Clarissa Ward. Algumas imagens de satélite mostraram forças russas se aproximando da capital graças ao uso de artilharia pesada.

Uma base aérea a cerca de 30 quilômetros da capital foi destruída por mísseis. Os satélites revelaram que os comboios foram reposicionados em florestas e áreas arborizadas em Lubyanka, de acordo com imagens tiradas pela Maxar Technologies, empresa de tecnologia espacial com sede em Westminster, no Colorado (EUA).

Em Lviv, a cidade do oeste até então considerada relativamente segura, o alarme durou duas horas, maior período desde o início da guerra, em 24 de fevereiro. A região foi despertada pelas sirenes por volta das 5h30 da manhã (horário local).

Coluna de fumaça é vista em ruas próximas a Kiev, na Ucrânia
Coluna de fumaça é vista em ruas próximas a Kiev, na Ucrânia
Foto: Thomas Peter / Reuters

Novas explosões também foram ouvidas nas cidades de Nikolaev, no sul, Dnipro e Kropyvnytskyi, no centro do país, segundo relatos divulgados pela BBC Ucrânia, citando autoridades locais.

Os corpos de cinco pessoas, incluindo duas crianças, foram recuperados pelos serviços de emergência nos escombros de um edifício residencial na vila ucraniana de Slobozhanske, nos arredores de Kharkiv, após um bombardeio russo.

Neste sábado, as autoridades ucranianas acusaram a Rússia de ataques em Mykolaiv, onde um hospital para tratamento de câncer e alguns edifícios residenciais foram danificados. Até o momento, não há registro de vítimas.

Segundo a imprensa internacional, citando os governadores das duas regiões de Kiev e Donetsk, militares russos continuam a atacar áreas onde a Ucrânia está tentando evacuar civis e levar ajuda através de corredores humanitários.

O governador de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, disse à mídia local que "a carga humanitária está se movendo em direção a Mariupol, informaremos como ela procede. A situação é complicada, há bombardeios constantes".

Os ocupantes russos anunciaram aos funcionários da usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, que a usina não pertence mais à Ucrânia e que a partir de agora terá que operar sob o controle de Moscou e em conformidade com as regras da Rosatom, empresa estatal russa de energia atômica.

A informação foi divulgada pelo Kyiv Independent, citando o chefe da Energoaton, empresa nuclear ucraniana. Até o momento, Moscou já enviou 11 engenheiros ao local.

A situação na Ucrânia está sendo debatida em um novo telefonema entre o chanceler alemão, Olaf Scholz, e os presidentes francês, Emmanuel Macron, e russo, Vladimir Putin, revelaram fontes do Palácio do Eliseu.

Já o governo americano informou que "os Estados Unidos continuam preocupados com as ações imprudentes da Rússia e as violações dos princípios de segurança nuclear", disse a ministra americana de Energia dos EUA, Jennifer Granholm.

A ministra reforçou que o fato de Moscou violar os princípios de segurança "é inaceitável e os ataques que põem em perigo a segurança na Ucrânia têm de parar".

Corredores Humanitários

Vários corredores humanitários em cidades e vilarejos ucranianos, incluindo o porto de Mariupol, devem ser abertos neste sábado para que os civis possam sair, disse a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, acrescentando que espera que a Rússia cumpra o cessar-fogo para permitir que isso aconteça.

Segundo Iryna, a Ucrânia planeja evacuar moradores de várias cidades e vilarejos nas regiões de Kiev e Sumy e de algumas outras áreas onde há combate. "Espero que o dia corra bem, que todas as rotas planejadas estejam abertas e que a Rússia cumpra suas obrigações de garantir o cessar-fogo", disse Iryna.

Ansa - Brasil   
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