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Ex-presidente da Pemex nega ter canalizado subornos da Odebrecht a campanha de presidente

18 ago 2017 - 09h21
(atualizado às 10h01)
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Emilio Lozoya, ex-presidente da petroleira estatal mexicana Pemex, negou ter canalizado subornos da empreiteira brasileira Odebrecht para a campanha do presidente Enrique Peña Nieto e disse que as contas bancárias nas quais supostamente foram depositados milhões de dólares não eram suas.

Ex-chefe da petroleira estatal mexicana Pemex Emilio Lozoya, durante cúpula em Paris 16/10/2015 REUTERS/Jacky Naegelen
Ex-chefe da petroleira estatal mexicana Pemex Emilio Lozoya, durante cúpula em Paris 16/10/2015 REUTERS/Jacky Naegelen
Foto: Reuters

Em uma conferência de imprensa de cerca de uma hora depois de comparecer ao escritório do procurador-geral na Cidade do México, Lozoya, aliado de Peña Nieto, rejeitou as alegações publicas pelo jornal brasileiro O Globo de que teria recebido 10 milhões de dólares em subornos em 2012 de um ex-executivo da Odebrecht SA, em troca de um contrato de 115 milhões de dólares na refinaria de Tula.

Lozoya, que deixou o cargo na Pemex em 2016, refutou as acusações de que qualquer montante do dinheiro que supostamente recebeu foi parar na campanha de Peña Nieto e negou ter as contas bancárias nas quais os subornos foram supostamente pagos.

"Nego categoricamente minha participação nestes fatos, e por isso não tenho comentários sobre algum possível financiamento ilegal da campanha em 2012", disse na coletiva de imprensa.

"De tal forma que deduzo que esta acusação é falsa", acrescentou Lozoya, que já havia negado através de sua conta de Twitter as acusações que lhe foram feitas.

Eduardo Sánchez, porta-voz da Presidência, também refutou na terça-feira que supostos subornos da Odebrecht a funcionários mexicanos tenham sido destinados à campanha presidencial de 2012.

A Procuradoria-Geral da República, que foi criticada por sua aparente hesitação em investigar mexicanos de alto perfil envolvidos no escândalo, disse na quinta-feira que espera receber mais informações sobre o caso nos próximos dias.

Vários escândalos de corrupção vêm assolando o governo de Peña Nieto, que enfrenta um baixo índice de popularidade a menos de um ano das próximas eleições presidenciais, para as quais pesquisas mostram como favorito o líder de esquerda Andrés Manuel López Obrador.

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