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Europa

Rússia diz que cessar-fogo não envolvia Debaltsevo

A chanceler alemã, Angela Merkel, falou nessa segunda-feira (16) por telefone com os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Petro Poroshenko, para pedir o cumprimento do cessar-fogo em Debaltsevo

18 fev 2015 - 11h20
(atualizado às 13h30)
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<p>Presidentes de Belarus, Alexander Lukashenko (E), Vladimir Putin (Rússia), François Hollande (França) e Petro Poroshenko (Ucrânia); ao centro a chanceler alemã, Ângela Merkel, reunidos em Minsk para discutir a situação na Ucrânia no começo de fevereiro</p>
Presidentes de Belarus, Alexander Lukashenko (E), Vladimir Putin (Rússia), François Hollande (França) e Petro Poroshenko (Ucrânia); ao centro a chanceler alemã, Ângela Merkel, reunidos em Minsk para discutir a situação na Ucrânia no começo de fevereiro
Foto: Grigory Dukor / Reuters

A Rússia justificou nesta quarta-feira (18) a ofensiva pró-russa contra Debaltsevo, abandonada hoje pelas tropas ucranianas, dizendo que o cessar-fogo que entrou em vigor no domingo não envolvia essa estratégica cidade da região de Donetsk.

"A linha real do cessar-fogo passa fora dos limites de Debaltsevo, já que essa zona está controlada pelos rebeldes", disse Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo, em entrevista coletiva.

Lavrov voltou a insistir, como fez ontem à noite em Budapeste o presidente, Vladimir Putin, que as milícias insurgentes tinham sitiado as forças governamentais e lamentou as tentativas de Kiev de romper o cerco.

Além disso, o ministro lembrou que Putin sugeriu durante a cúpula de Minsk de 11 e 12 de fevereiro abordar a situação em Debaltsevo, com o argumento de que era a maior ameaça ao cessar-fogo no leste da Ucrânia.

"Era preciso fazer todo o possível para que essa gente (os soldados ucranianos) pudesse abandonar o cerco de maneira digna, abandonando, claro, o armamento pesado", disse Lavrov.

No entanto, acrescentou o ministro, "Poroshenko disse que esse problema não existe, e que não há nenhum cerco em” Debaltsevo, cruzamento de caminhos entre as principais fortificações pró-Rússia de Donetsk e Lugansk.

"Nossos esforços (...) não prosperaram. E aconteceu o que aconteceu: chegou meia-noite do sábado para domingo e o cerco era um fato, como nós tínhamos dito", ressaltou Lavrov.

Com relação a isso, Putin pediu ontem a Kiev que ordene a retirada de suas tropas de Debaltsevo, cidade que era defendida por milhares de soldados governamentais.

"Certamente, perder sempre é ruim. Sempre é uma desgraça para o perdedor, especialmente se perde perante os que até ontem eram mineiros. Mas a vida é a vida, segue e acho que não faz sentido seguir dando voltas nisso", disse o presidente russo.

Crítica

O governo da Alemanha condenou nesta quarta-feira (17) a tomada da cidade ucraniana de Debaltsevo pelas milícias separatistas pró-Rússia e advertiu que essa ação militar viola o cessar-fogo vigente desde domingo e os acordos alcançados na cúpula de Minsk.

Em entrevista coletiva, o porta-voz da Chancelaria, Steffen Seibert, condenou os últimos ataques após o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, confirmar que a maior parte do contingente ucraniano desdobrado em Debaltsevo já se retirou da estratégica cidade.

Na opinião do governo alemão, os novos enfrentamentos infringem os acordos de Minsk e debilitam profundamente as esperanças de paz. "Só contribuem para o sofrimento sem sentido e geram mais miséria para os cidadãos dessas regiões", disse o porta-voz.

No entanto, o porta-voz se mostrou satisfeito pela resolução aprovada nessa segunda pelo Conselho de Segurança da ONU, impulsionado pela Rússia, que apoia os acordos de paz para a Ucrânia alcançados em Minsk, que qualificou como “sinal positivo”.

A chanceler alemã, Angela Merkel, falou hoje  por telefone com os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Petro Poroshenko, para pedir o cumprimento do cessar-fogo em Debaltsevo e para que o trabalho de observação da OSCE na região fosse facilitado.

EFE   
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