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Europa

Partido de Monti aceita governo de união nacional na Itália

29 mar 2013 - 15h16
(atualizado às 15h35)
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O partido de centro Escolha Cívica, liderado pelo primeiro-ministro interino da Itália, Mario Monti, apoiou nesta sexta-feira a formação de um governo de união nacional formado pelas principais forças parlamentares como saída à situação de ingovernabilidade surgida após as eleições.

A formação comunicou a decisão ao presidente da República, Giorgio Napolitano, durante a reunião que mantiveram em Roma no marco da nova rodada de consultas que o chefe do Estado está promovendo com as principais forças políticas do país.

Esta rodada de reuniões acontece um dia depois que o secretário-geral do Partido Democrata (PD), Pier Luigi Bersani, líder da centro-esquerda, vencedor das eleições, mas que não conta com os números necessários no Senado para sua posse, fracassou em sua busca de apoios para a formação do Executivo.

"De novo manifestamos (a Napolitano) nossa total disponibilidade de construir uma grande coalizão das três grandes forças (parlamentares) disponíveis", disse o coordenador da Escolha Cívica, Andrea Olivero.

Deste modo, a Escolha Cívica compartilha a postura expressada pelo conservador Povo da Liberdade (PDL), do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, e seus aliados da Liga, que hoje insistiram que a única solução para acabar com a paralisia após as eleições é formar um governo de união nacional.

Olivero ressaltou, além disso, a necessidade que a Itália tem de contar com um novo governo estável e em um prazo rápido, ao mesmo tempo em que destacou que o país se encontra à espera de reformas importantes.

"A rejeição das diferentes forças políticas por causa de interesses partidários e as divisões ideológicas impedem a formação de um governo estável, enquanto nós consideramos que existe uma necessidade de governo estável e em tempos certos", afirmou

Além disso, assinalou que a Escolha Cívica se compromete a fazer "todo o necessário sem pedir nada em troca" e assegurou que estão dispostos a seguir "a quem quer mudar o país".

"Propusemos ao chefe do Estado que inicie as comprovações para verificar a compatibilidade que existe entre os diferentes programas (dos partidos) e as soluções para possíveis convergências", declarou Olivero.

Previamente, o Movimento 5 Estrelas (M5S), liderado pelo comediante Beppe Grillo, tinha insistido na proposta de um governo próprio como solução para o atual bloqueio político que o país vive e em sua rejeição a apoiar um Executivo formado por "políticos ou pseudotécnicos".

EFE   
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