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Europa

Menina britânica com mandíbula travada após infecção volta a sorrir

Liliana Cernecca conseguia abrir a boca apenas alguns milímetros depois que articulação da mandíbula se fundiu com o crânio ainda quando era bebê

13 fev 2014 - 10h31
(atualizado às 10h34)
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O problema começou depois que uma infecção no ouvido, quando Liliana tinha 18 meses, provocou a fusão do osso maxilar com o crânio
O problema começou depois que uma infecção no ouvido, quando Liliana tinha 18 meses, provocou a fusão do osso maxilar com o crânio
Foto: BBC News Brasil

Uma menina de seis anos é capaz de voltar a sorrir e comer direito após uma cirurgia para destravar sua mandíbula.

Liliana Cernecca conseguia abrir a boca apenas poucos milímetros depois que uma de suas articulações da mandíbula fundiu-se com o crânio quando ela era bebê - uma condição rara chamada anquilose.

Ela é uma das pessoas mais jovens já submetida a esse tipo de cirurgia, que foi realizada no Hospital King's College, em Londres. Sua família disse que Liliana não para de "pular" desde a operação e que está mais confiante.

O problema começou depois que uma infecção no ouvido, quando Liliana tinha 18 meses, provocou a fusão do osso maxilar com o crânio. "Comer e escovar os dentes era difícil. Ela não sabia o que era morder uma maçã. Tínhamos que cortar os alimentos em pedaços muito pequenos", contou Sonia, mãe de Liliana.

Parte da articulação foi removida na operação de modo que a mandíbula ficou conectada ao crânio apenas por músculo e ligamentos no lado direito
Parte da articulação foi removida na operação de modo que a mandíbula ficou conectada ao crânio apenas por músculo e ligamentos no lado direito
Foto: BBC News Brasil

O lado direito estava fundido, mas o esquerdo estava crescendo normalmente. Com isso, o formato do seu rosto estava se tornando progressivamente inclinado para a direita, conforme ela envelhecia.

"Nós não poderíamos deixá-la assim, pois as coisas só iriam piorar", disse Shaun Matthews, cirurgião do hospital. "Embora ela já tivesse uma abertura extremamente limitada de cerca de 5 milímetros, a tendência era de piora até que não pudesse mais abrir a boca", observou.

Além disso, problemas relacionados com a dificuldade de escovar os dentes são muito perigosos, já que infecções dentárias podem facilmente se espalhar para dentro da cabeça e pescoço, trazendo consequências fatais.

Parte da articulação foi removida na operação de modo que a mandíbula ficou conectada ao crânio apenas por músculo e ligamentos no lado direito.

A expectativa é de que essa parte da articulação da mandíbula volte a crescer normalmente ao longo do tempo.

Sonia contou que Liliana estava nervosa ao tentar mover a boca após a cirurgia, mas em seguida bocejou pela primeira vez. "Meu Deus, foi incrível. Ela ficou chocada e apenas tocou seu rosto. Foi simplesmente maravilhoso, estou ficando arrepiada de pensar nisso. Agora ela pode mastigar e só fica melhor a cada semana - pode até comer uma banana", comemora.

Uma das maiores mudanças foi na escola, onde ela está mais falante e confiante.

Matthews disse que o procedimento foi muito raro, especialmente no Reino Unido. Ele contou que foi um momento maravilhoso e "encantador" quando Liliana bocejou pela primeira vez, mas que ela pode precisar de mais cirurgia no futuro. "Vamos acompanhar o seu crescimento com muito cuidado ao longo dos próximos anos e na adolescência, em particular. Ela pode muito bem precisar de nova intervenção cirúrgica durante seu crescimento, mas deverá ser mais fácil de corrigir agora que seu principal problema foi superado", destacou o médico.

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