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Europa

Grécia nomeia ex-ministro conservador para presidente

O primeiro- ministro grego, Alexis Tsipras, disse que escolheu Prokopis Pavlopoulos porque deseja um candidato de unidade, que seja aceitável para todos os lados envolvidos na política do país

17 fev 2015 - 17h14
(atualizado às 22h38)
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<p>O candidato indicado pelo primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras</p>
O candidato indicado pelo primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras
Foto: Alkis Konstantinidis / Reuters

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, nomeou nesta terça-feira (17) um conservador ex-parlamentar e ex-ministro do Interior para ser candidato a presidência do país.

Tsipras disse aos legisladores de seu partido de esquerda radical Syriza ter escolhido Prokopis Pavlopoulos, que já integrou o gabinete de um governo conservador do partido Nova Democracia entre 2004 e 2009, porque deseja um candidato de unidade, que seja aceitável para todos os lados envolvidos na política grega.

É quase certo que Pavlopulos, de 64 anos, consiga assegurar sua eleição pelo parlamento, em um processo que tem início na quarta-feira (18), devido ao seu amplo apelo. Ele tem o apoio da Syriza e de seu parceiro de coalizão, o partido de direita Gregos Independentes. O Nova Democracia, agora o principal partido de oposição, também disse que votaria nele.

Esse cenário contrasta com a última eleição presidencial no fim do ano passado, quando o candidato nomeado pelo ex-primeiro-ministro da Nova Democracia Antonis Samaras não conseguiu apoio para eleger seu escolhido. Ao mesmo tempo em que o cargo de presidente é, sobretudo, cerimonial na Grécia, isso forçou a realização de uma nova eleição parlamentar em 25 de janeiro, quando o Syriza assumiu o poder.

Pavlopoulos foi professor de direito e como parlamentar da Nova Democracia criticou partes do acordo de resgate à Grécia. No entanto, ele também possui uma passagem controversa no cargo ministro do Interior, quando policiais mataram a tiros o adolescente Alexandros Grigoropoulos em 2008, causando protestos, alguns dos quais violentos.

Se eleito, ele vai substituir Karolos Papoulias, de 85 anos, cujo mandato de cinco anos termina no próximo mês.

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