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França lembra 5 anos do assassinato de professor que mostrou caricaturas de Maomé em sala de aula

Neste 16 de outubro de 2025, o assassinato do professor francês Samuel Paty completa cinco anos. O país presta homenagem a este que se tornou símbolo da liberdade de expressão e dos valores republicanos nas escolas.

16 out 2025 - 05h21
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Neste 16 de outubro de 2025, o assassinato do professor francês Samuel Paty completa cinco anos. O país presta homenagem a este que se tornou símbolo da liberdade de expressão e dos valores republicanos nas escolas.

Retrato do professor francês Samuel Paty na escola Bois d'Aulne, em Conflans-Sainte-Honorine, na periferia de Paris. Foto de 16 de outubro de 2023.
Retrato do professor francês Samuel Paty na escola Bois d'Aulne, em Conflans-Sainte-Honorine, na periferia de Paris. Foto de 16 de outubro de 2023.
Foto: © AFP / RFI

Professor de história e geografia, Paty foi decapitado há cinco anos por um extremista islâmico na saída do colégio Bois-d'Aulne, em Conflans-Sainte-Honorine, nos arredores de Paris. O motivo: a abordagem, durante uma aula, do tema das caricaturas do profeta Maomé no jornal Charlie Hebdo, que suscitou uma forte polêmica entre alguns alunos e famílias.

Desde o início desta semana, homenagens em toda a França marcam a trágica data, lembrada também pela imprensa francesa. Escolas observam um minuto de silêncio, em eventos acompanhados de debates pedagógicos sobre a liberdade de expressão e os valores republicanos.

"Professores têm medo"

O jornal Le Parisien desta quinta-feira (16) estampa sua capa com a foto de Gaëlle Paty, irmã de Samuel. Também professora, ela acaba de lançar o livro "Un Procès Pour L'Avenir" ("Um Processo para o Futuro, em tradução livre), em parceria com a historiadora Valérie Igounet, sobre as sete semanas de julgamento dos oito acusados pelo assassinato. 

Em entrevista ao diário, Gaëlle diz que cinco anos após o crime, ela e sua família ainda aguardam respostas para "tentar compreender" e para que esse tipo de barbárie "nunca mais aconteça". "É preciso viver a laicidade nas escolas", defende.

O jornal Le Figaro aponta que nada mudou nos estabelecimentos de ensino na França após a morte de Paty. Em entrevista ao diário, professores afirmam que se sentem expostos a riscos a abordar temas da atualidade, como a guerra na Faixa de Gaza, que divide opiniões. 

A associação francesa Autônoma de Solidariedade Laica aponta em seu último relatório que a quantida de denúncias de violências por funcionários do setor da educação registrou um salto de 23% em cinco anos. Segundo a entidade, a maioria das agressões são verbais, no ensino básico protagonizadas por familiares de alunos e no ensino médio pelos próprios estudantes. 

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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